Seria o povo do falar português, ao lado do francófono, hispânico ou italiano, único da raça humana letrada capaz de qualificar pessoas e coisas com adjetivos em dois gêneros. Tem um porém, contudo.
UM GESTO HEROICO, por José Mário Espínola
Até a década de 1960, os cabarés tinham muita importância para a sociedade de João Pessoa. Mais exatamente para o lado masculino. Histórias mil são contadas de figuras que praticamente “viviam” dentro dos cabarés. Lá tinham uma vida social e comunitária intensa: encontravam-se, dançavam, fumavam, bebiam e jogavam baralho.
MEDO DA MORTE, por Aderson Machado
Quando tinha aproximadamente vinte anos de idade, comecei, não sei por que, a me preocupar com a morte. A morte física, claro. Com efeito, coloquei na cabeça que estava com uma doença incurável – no âmbito da medicina -, e que os meus dias estavam contados.
A GUERRA QUE NOS FALTAVA, por José Mário Espínola
A primeira vítima social da pandemia é a vaidade. Em seguida, vêm o egoísmo, o orgulho e o preconceito. Outras virão ao longo desse período de necessidade coletiva.
POETA LANÇA CORDEL EM HOMENAGEM A SIVUCA
Sivuca foi sanfoneiro
E dedilhava bonito
Sua vida dá roteiro
Pro popular e erudito
Era artista por inteiro
Do mais alto gabarito.
DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS, por Fábio Bezerra
Diante da perspectiva de contenção ou redução dos índices da pandemia, o mais frustrante nas decisões de retomada da economia na Paraíba, particularmente em João Pessoa, é o tratamento de dois pesos e duas medidas dispensado a determinadas categorias.
QUADRILHA TEIMOSA, por Ana Lia Almeida
Foi-se junho. Tão querido, tão festivo, foi-se triste sem as sanfonas, sem as fogueiras nem os balões.
Mas teve gente que não deu o braço a torcer: arrumou milho, canjica, pamonha e pipoca e chorou vendo os artistas cantando no computador. Muitos deles penando, sem o sustento do ano todo que conseguem nessa época, e por isso gente que brilha como Gilberto Gil fez uma festa junina pra arrecadar uma grana pra eles.
Aqui em casa teimamos e fizemos uma quadrilha. Sim, presencial! O marcador filmou tudo, enquanto puxava os anarriês e os alavantus. Passou a cobra, passou a chuva e teve até o serrote!
Os seis quadrilheiros, contando com os cachorros, terminaram no chão, morrendo de rir.