Até a década de 1960, os cabarés tinham muita importância para a sociedade de João Pessoa. Mais exatamente para o lado masculino. Histórias mil são contadas de figuras que praticamente “viviam” dentro dos cabarés. Lá tinham uma vida social e comunitária intensa: encontravam-se, dançavam, fumavam, bebiam e jogavam baralho.
MEDO DA MORTE, por Aderson Machado
Quando tinha aproximadamente vinte anos de idade, comecei, não sei por que, a me preocupar com a morte. A morte física, claro. Com efeito, coloquei na cabeça que estava com uma doença incurável – no âmbito da medicina -, e que os meus dias estavam contados.
O LADO BOM DA COISA, por José Mário Espínola
Tudo na vida tem dois lados. Sempre que surgir um revés temos que procurar o lado bom da coisa, pois ele existe. Às vezes como menos esperamos.
O TRANCELIM DE MAMÃE, por José Mário Espínola
Lá pelos anos 1960 havia uma mendiga que frequentava a Rua Duque de Caxias, no centro de João Pessoa. Ela havia tido paralisia na infância e usava como estratégia estender as pernas e finas ao longo da calçada, para impressionar o passante, comovendo-o a lhe dar um dinheiro.
FATALIDADE, por Aderson Machado
Na primeira metade dos anos 1970, veio morar numa casa vizinha à do meu pai, Firmino Victor, no Sítio Fechado, município de Areia/PB, um senhor conhecido pela alcunha de Seu Mergulhão. Ele, à época, já estava na casa dos 70 anos, porém parecia esconder essa idade, haja vista esboçar uma boa saúde, mesmo em se tratando de um trabalhador da roça, acostumado aos trabalhos duros, todos os dias, e o dia todo, quer na chuva ou sob um sol inclemente, de acordo com as condições meteorológicas.
UMA ESCOLHA DIFÍCIL, por José Mário Espínola
Final dos anos 1970, já havia muitos médicos no Brasil, embora com imensa concentração na faixa litorânea. Nada a ver com as lindas praias brasileiras, mas é nessa zona onde se encontra a maioria dos grandes centros, que oferecem melhores condições de trabalho ao médico. Mas, como a concorrência já se fazia levar em consideração na escolha da especialidade, o futuro médico tinha que fazer uma profunda análise do panorama profissional.
PAIXÃO PELO RÁDIO, por Aderson Machado
Era ainda um menino quando comecei a ouvir rádio. Firmino Victor Machado, meu pai, tinha um aparelho receptor, tipo RCA Victor, que mais parecia um baú. Até a minha juventude, era através desse tipo de receptor que costumava escutar minhas músicas preferidas e me atualizar com as notícias do Brasil e do mundo.