Ainda menina, Sofia escolheu ganhar o mundo. E ganhou. Lá fora, aprendeu mais das pessoas e circunstâncias. A partir daí, formou e melhorou a sua visão sobre os contemporâneos com os quais divide a mesma ‘aventura humana na Terra’.
A CONTA DA LUZ, por José Mário Espínola
A sexualidade sempre foi (e será) um dos maiores fascínios para o homem. Função básica da propagação da espécie, tabu para a Igreja, somente na segunda metade do século XX veio a ser encarada com a necessária naturalidade pela sociedade.
BENS MATERIAIS, por Aderson Machado
Um dia, um homem que acredita na vida após a morte, e que valoriza o ser mais que o ter, hospedou-se na casa de um materialista convicto, em bela mansão de uma cidade europeia. Depois do jantar, o anfitrião convidou o hóspede para visitar a sua galeria de artes, e começou a enaltecer os bens materiais que possuía de maneira soberba. Falou que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante a sua vida na terra. Exibiu escrituras de variadas propriedades, joias, títulos, valores diversos.
MINHA BANCADA NA CÂMARA DE VEREADORES
Eleitor em João Pessoa há 45 anos, neste 2020 da graça de Deus vou ter mais de 300 nomes para escolher, entre eles, a pessoa a quem vou dar voto e confiança de vê-la na Câmara de Vereadores fazendo um mandato digno da maioria dos nossos bons concidadãos.
A MELHOR HORA DA PRAIA, por Ana Lia Almeida
Arrumou-se toda feliz, a canga combinando com o biquíni, o chapéu bem assentado da mesma cor dos óculos escuros, as cadeirinhas de praia empoeiradas debaixo de um braço e o outro ocupado com a esteira. Três cervejas e uma garrafa de água de coco dentro do isopor, iludidas pelo pouco gelo que lhes jogaram por cima.
A melhor hora da praia. A turma toda já satisfeita de tanto sol e brisa, devidamente voltados pra casa. Com certeza acharia uma sombra debaixo da qual passaria a tarde sentada, lendo um livro em frente ao mar. A trilha sonora das ondas já embalava seus ouvidos no sonho bom da tarde de domingo.
Qual não foi o desapontamento de sequer poder descer do carro. Simplesmente não havia espaço em toda a praia. Turmas e mais turmas, a do futebol, a da farofa, a da campanha eleitoral, todo mundo igualmente merecedor de um descanso dominical. Aliás, quem já viu uma ideia dessas, achar um pedacinho vazio de paraíso no meio de sedentos da vida normal, essa ilha deserta arrodeada de álcool em gel no meio do oceano Atlântico na parte da Paraíba.
O jeito foi dar meia-volta e fazer do jardim de casa, mesmo, uma praia.
Vocês já ouviram uma playlist do Spotify com os barulhos das ondas do mar?
Ana Lia Almeida é Cronista
PÓRTICOS DA PARAÍBA, por Eurípedes Mendonça
Certamente o leitor já ouviu falar sobre o pórtico da cidade de Gramado-RS ou o espetacular congênere da cidade paraibana de Alagoa Grande. Mas, se tiver curiosidade sobre dados dos pórticos, a exemplo do projeto de arquitetura, mensagens insculpidas, localização em relação ao marco zero da cidade, data de inauguração ou custos, onde encontrar de forma rápida e segura?
TEMPORADA DE CHUVAS ISOLADAS, por Ana Lia Almeida
Sabe quando uma sucessão de acontecimentos ruins chove em sua vida e, mal a pessoa seca, lá vem outro banho de água fria de novo? Parece que faz sol em toda a cidade, mas uma nuvem carregada não sai de cima da gente.
Pois está aberta a Temporada de Chuvas Isoladas por aqui. De Isolada, mesmo, só o nome, porque traz consigo a maior aglomeração. Não tem álcool em gel que dê jeito: de repente, estamos no velório de alguém querido, em uma delegacia de Polícia ou cheio de pessoas outras dentro de casa.
Primeiro veio a perda de um grande amigo. Indizíveis a tristeza e a revolta, dessas marcas que a vida vai cuidando com o tempo, bem devagarinho. Às favas com o isolamento social: foi muito abraço e pouco distância.
Poucos dias depois, a casa pegou fogo. Uma faísca elétrica ardeu o quarto da menina e em pouco tempo havia uns quinze vizinhos sem máscara arriscando a vida por nós.
Afora a fumaça, ficamos todos bem. Menos as roupinhas da dona do quarto, que queimaram todas. Em compensação, ela renovou o quarda-roupa inteiro, o que, por sua vez, nos levou ao shopping depois de 6 meses.
No mesmo dia, podem acreditar, a minha mãe foi furtada e fizeram uma festa com os cartões de crédito. Pior que o prejuízo, só mesmo o 0800 da Caixa Econômica Federal. E lá fomos nós à Central de Polícia, onde ganhamos o chuvisco-bônus da viagem perdida, voltando sem B.O. nenhum porque, você sabe, era fim de semana e ali somente flagrante com violência.
O desisolamento ainda continuará com o retorno à delegacia, a ida ao banco e a reforma do quarto incendiado. Mas esperamos de coração que a Temporada de Chuvas Isoladas tenha se encerrado.
• Ana Lia Almeida é Professora e Cronista
SE EU FOSSE O PREFEITO
Prefeito de João Pessoa, professores e pessoal da saúde bem avaliados, no topo da qualificação docente e profissional, ganharia igual a mim.
Se eu fosse o prefeito desta cidade, mandava uniformizar todas as calçadas, priorizando o Centro Histórico, as ruas do comércio e os bairros.
Se eu fosse prefeito desta Parahyba, também mandava ladrilhar e grafitar paredes e muros abandonados para o povo ou turista olhar e gostar.
Se eu fosse prefeito desta cidade, somente construiria escola ou posto de saúde depois de fazer funcionar direitinho – com qualidade para todos – o que já existe.
Se eu fosse o prefeito, transporte coletivo rodaria sem passageiro em pé, só com ônibus elétrico ou a gás, tudo para baixar poluição e preço da passagem.
Se eu fosse o prefeito, também implantava monotrilho ou VLT da Lagoa ao Busto e da Lagoa ao Viaduto de Oitizeiro, para diversificar o transporte público.
Se eu fosse o prefeito, todos os pontos de ônibus e táxi teriam abrigos estilizados e banheiros para motorista trabalhar mais limpo e mais bem humorado.
Se eu fosse o prefeito, reocuparia o Varadouro com repartições municipais e atrairia investimento privado para revitalizar de verdade toda a Cidade Baixa.
Se eu fosse o prefeito, criava hidrovia em parceria com Cabedelo e Bayeux para levar nativos e turistas pelo Rio Sanhauá em todo o seu curso navegável.
Se eu fosse o prefeito, recolocava camelô no camelódromo, mas permitiria que fizesse sulanca em espaço aberto, organizado, após o comércio fechar.
Se eu fosse o prefeito, aproveitava ideias e projetos viáveis que me trouxessem para fazer da cidade um lugar realmente melhor pra gente viver e ser feliz.
E você, o que faria se fosse o prefeito desta capital? Mande sugestões que o blog publica.
- • Republicação por absoluta atualidade, oportunidade e necessidade, adaptando texto postado originalmente em 26 de dezembro de 2016