DESPUDORADO ABANDONO, por Arael Costa

Balaustrada das Trincheiras é só mato e abandono (Foto de março de 2019 por Vinícius Miron/Portal Correio)

Com um não razoável atraso que despudoramente atribuo ao isolamento a que estamos submetidos, quase que em regime de lei marcial, acabo de ler o artigo do nosso Chico Pinto, com o qual concordo em gênero, letra e número, como se dizia antigamente.

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A ESPERA, por Ana Lia Almeida

Imagem de mera ilustração copiada de pxhere.com

Nessa semana atravessamos o pico da epidemia. Daqui a uns 15 dias a situação deve melhorar. Marcamos aquele compromisso para o mês que vem, é garantido que vai dar certo!

As expectativas da quarentena. Um estado permanente de espera, como um bebê encruado, que não nascerá ao cabo de nove meses. Poço sem fundo. Viagem longa cujo destino não chega.

De quinzena em quinzena, estamos todos fartos de esperar. Mas a virulência não dá mostras de arrefecimento,  a despeito do nosso enfado. Mortos e mais mortos. Notícias ruins uma atrás da outra. Miséria,  racismo, roubalheira.

Nada que o coronavírus tenha inventado, embora no momento pareça bem mais cruel e revoltante.

Ter de esperar está nos matando. Não esperar certamente nos matará muito mais.

FATALIDADE, por Aderson Machado

Imagem por mera ilustração (Foto: Artur Lira/TV Paraíba/G1PB)

Na primeira metade dos anos 1970, veio morar numa casa vizinha à do meu pai, Firmino Victor, no Sítio Fechado, município de Areia/PB, um senhor conhecido pela alcunha de Seu Mergulhão. Ele, à época, já estava na casa dos 70 anos, porém parecia esconder essa idade, haja vista esboçar uma boa saúde, mesmo em se tratando de um trabalhador da roça, acostumado aos trabalhos duros, todos os dias, e o dia todo, quer na chuva ou sob um sol inclemente, de acordo com as condições meteorológicas.

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NÃO POSSO COM O JORNAL, por Ana Lia Almeida

Miguel, 5 anos, o menino que caiu do 9º andar de edifício no Recife (Foto: Reprodução/Facebook/G1PE)

Não me venham com o jornal. São muitos os mortos, muito mais os desesperados, incontáveis os cretinos.

Não, não posso com o jornal. Já mal suporto as dores do mundo sem ele. Hospitais lotados; covas e mais covas; meninos baleados; meninos caindo do alto; todos os tipos de desgoverno… As notícias me dão náuseas.

Além do mais, chove. Chove demais e são milhares os desabrigados não noticiados. Já me bastam as infiltrações e medos daqui de casa.

Desculpem, não tenho como. Uma noite inteira de pesadelos me aguardaria, e, maldormida, o meu dia estaria perdido. Por isso eu não posso.

Sinto muito. Dou parte de fraca. O jornal não é para mim. 

UMA ESCOLHA DIFÍCIL, por José Mário Espínola

(Foto: imagem de mera ilustração/Desconfinados)

Final dos anos 1970, já havia muitos médicos no Brasil, embora com imensa concentração na faixa litorânea. Nada a ver com as lindas praias brasileiras, mas é nessa zona onde se encontra a maioria dos grandes centros, que oferecem melhores condições de trabalho ao médico. Mas, como a concorrência já se fazia levar em consideração na escolha da especialidade, o futuro médico tinha que fazer uma profunda análise do panorama profissional.

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FALTA DE PUDOR, por Chico Pinto Neto

Estátua de Livardo vandalizada no Ponto de Cem Réis (Foto: Chico Pinto)

É indecente e imoral a falta de zelo com a patrimônio artístico e cultural na capital paraibana.

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DIA DOS NAMORADOS ONLINE, por Ana Lia Almeida

(Imagem copiada de msn.com)

Essa é boa: Dia dos Namorados remoto! Casais apaixonados separados por um vírus mortal, cada um em sua casa, namorando pela Internet. 

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MISERICÓRDIA! por José Mário Espínola

Foto: imagem por mera ilustração copiada de medium.com

Rendo aqui minha homenagem ao amigo Derly Minervino de Carvalho, que já partiu, e que me contou essa historieta deliciosa.

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