É aquela mais difícil. E só quem sabe é quem faz o último título. Da primeira à última página. Do diário, matutino ou vespertino, revista ou suplemento, até a última hora de fechamento, do colocar em circulação. A redação em polvorosa para encontrar a melhor chamada.
A que será a primeira na competição para encartar o destaque na Ronda das Ruas. O que faz a notícia exceder os retardatários das madrugadas ou do fim-de-semana. Se em vídeo ou fonográfica o que desperta o leitor ou ouvinte mais perspicaz. A comoção não esperada.
Os títulos que os publicitários mineram para dizer tudo em segundos.
No Jornal Contraponto tornou-se a própria legenda: “Mestre, quais são as novas?” Era sempre assim indagando aos companheiros quando percebíamos que estava ciente da pauta e das legendas ou do que é preciso e é sintético.
A devoção ao jornalismo foi o seu destaque. O espírito popular, o sonho e sua alma.
A Alma deixou impressa principalmente nas duas últimas décadas coroando o exímio redator e o faro de repórter. Não dirigia, liderava. As notícias iam até a ele. E a nova edição diária recomeçava.
Fechou as portas há algum tempo o semanário pelas mesmas causas materiais que atingem as editoras e os livros. O seu legado passa a referencial do último jornalismo clássico.
Não tínhamos convívio semanal. A permanência era na convivência de suas páginas ainda atuais no mundo da notícia. Sabem isso quem publicou no Jornal Contraponto onde o Dr. João Manoel de Carvalho legendou sua trajetória longa e pertinaz.
Ficamos a recordar como era bom publicar o que escrevíamos e a falta do jornal para ler na rede. A rede onde dormimos ou líamos se não estivéssemos no sofá.
- Alexandre Luna Freire é escritor e membro da Academia Paraibana de Letras