Há mais de dois meses, desde quando a pandemia da covid começou a bater seguidos recordes de mortes no Brasil, um grupo de jovens participa de sucessivos embalos de quartas e sextas-feiras à noite numa mansão da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Festança regada a comes e bebes do bom e do melhor, mas sem qualquer distanciamento. Pelo contrário, quando chegam no grau, alguns só faltam se pegar no tapa e, vez em quando, num rala-e-rola. Tudo sem máscara, viu? E álcool, minha filha, só o que vem na bebida. Dose? Se for de vacina, nem pensar!
A esbórnia chama a atenção de todo o Brasil, revoltando alguns incomodados com a impunidade que protege aquela turma que se esbalda em tantas festas clandestinas. Afinal, por que não chega àqueles pândegos as medidas restritivas e os rigores da lei impostos por governadores e prefeitos à maioria?
“Por que a Prefeitura ou a Polícia não vai lá e acaba com essa farra?”, questionou ontem (27) indignado seguidor do líder da ‘liberdade do povo se aglomerar, não parar de trabalhar e se contaminar’. É da mesma galera que defende o ‘se morrer é menos gasto pra Previdência e ótimo pro mercado’.
Tal questionamento foi dirigido publicamente ao prefeito Eduardo Paes, do Rio. E pra não haver dúvida sobre a procedência do que aqui se afirma, reproduzo abaixo a indagação do revoltado e a resposta do alcaide carioca.
Por essa e muitas outras que venho ouvindo, lendo ou vendo nos últimos dois anos e meio, estou convencido de que se Darwin estivesse entre nós, hoje, certamente ele rebatizaria a sua tese sobre o aparecimento e desenvolvimento da raça humana.
Com certeza, o velho Charles adotaria a Teoria da Involução após estudar espécimes feito esse bovino interpelante.