A bolsa de apostas eleitorais deve bater sucessivos recordes de alta na próxima semana, a última antes do primeiro turno das eleições municipais de 2016. Na Paraíba, os apostadores investem cerca de 90% do dinheiro ‘livre’ que dispõem para arriscar nos resultados de João Pessoa e de Campina Grande, as únicas cidades do Estado onde um segundo turno é possível.
A chance de a disputa não se resolver em apenas um turno é justamente a que atrai o maior número de apostadores. “Cida vai para o segundo turno” versus “Cartaxo vence no primeiro turno” seria a aposta que movimenta hoje o maior volume de dinheiro na campanha em curso. “Somente de apostas ‘pequenas’, na casa dos mil reais, devemos ter hoje uns R$ 2 milhões em dinheiro casado em João Pessoa”, estima um investidor veterano desse mercado.
Apostas derivadas da principal também seriam muito frequentes. Tipo “Se houver segundo turno, Cartaxo perde”, feito apostou o ‘consultor’ do blog. Acontecendo o segundo turno na Capital, ele acredita que a ‘força’ do governador Ricardo Coutinho desequilibra a peleja em favor da candidata Cida Ramos (PSB).
Já em Campina Grande, nas últimas duas semanas cresceram as apostas que dão Romero Rodrigues (PSDB) vencedor no primeiro turno. Mas um bom número de apostadores mantem suas fichas na capacidade de reação do ex-prefeito Veneziano Vital (PMDB), o único que teria condições de levar a eleição da cidade para o segundo turno.
Caso venha a ‘prorrogação’, contudo, será bastante difícil encontrar alguém disposto a apostar contra a vitória do atual prefeito, garante a fonte que abasteceu o blog.
Interior menos previsível
Nas duas maiores cidades do Estado as apostas seriam previsíveis, bem mais do que aquelas feitas nos pequenos e médios municípios paraibanos. Por um motivo muito forte: “Tem favoritismo que vira fumaça na véspera da eleição”, lembra o especialista no assunto. “Basta o candidato que está em segundo arranjar um bom dinheiro para despejar na noite e na madrugada que antecedem o início da votação”, ensina ele.
Deve ser verdade, a julgar pelo que dizem dois cidadãos que votam e atuam politicamente no Vale do Piancó. Na cidade onde o páreo estaria mais apertado, um apostou no candidato da oposição e o outro no prefeito, que tenta a reeleição. Cada um que fale mais da grana farta que o preferido do outro não teria para empatar o corpo-a-corpo da compra de votos que estaria para ocorrer do dia 1º para o dia 2 de outubro próximo.
Apostas ‘suplementares’
O amigo Gosto Ruim ficou encarregado de segurar o dinheiro da aposta (de R$ 3 mil) dos ‘investidores’ do Vale do Piancó. Mas, como é de seu estilo, não para de insuflar os contendores a travarem batalhas suplementares. Conseguiu pelo menos duas.
Uma das apostas derivadas da maior prevê que um pagará ao outro R$ 100 a mais por cada 100 votos de maioria que o prefeito ou o seu opositor venha a conseguir. A outra vale para todo o Estado. ‘Brancoso’, como Gosto chama um deles, paga R$ 500 por cada ‘santinho de vereador’ que ‘Leitoso’ apresente com fotografia de Cássio Cunha Lima ao lado do candidato.
O mesmo desafio, pelo mesmo preço, foi lançado pelo outro apostador. Com uma diferença óbvia. “Traga um santinho de candidato a vereador com Ricardo Coutinho que eu também pago quinhentinho”, provoca o desafiante Leitoso, um ex-ricardista juramentado que virou cassista desde criancinha após o rompimento dos dois expoentes políticos em 2014.
Leitoso, segundo Gosto Ruim, perdeu uma enormidade há dois anos. Agora, anda apostando tudo e com todos que é para ver se “recupera o prejuízo da última campanha pra governador”.
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