A gestão atual da Prefeitura de João Pessoa vai tentar por todos os meios legais ao seu alcance diminuir o prejuízo causado pelo fracasso do Jampa Digital. O esforço para suportar o peso da ‘herança maldita’ inclui até mesmo pedir um parcelamento dos R$ 2,3 milhões que deverão ser devolvidos aos cofres da União por conta dos ilícitos constatados pela Polícia Federal naquele projeto.
A devolução da quantia foi cobrada em agosto último pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). E concedido um prazo de 30 dias, contados a partir do dia 24 do mês passado, para a PMJP se defender. Adelmar Azevedo Régis, procurador-geral do município, já pediu um mês a mais para apresentar defesa, além de cópia integral do processo administrativo instaurado em Brasília para apurar as irregularidades no Jampa Digital.
O procedimento foi aberto para identificar os responsáveis pelos desvios e descumprimento de metas fixadas em convênio com o órgão federal que financiaria 90% do projeto. O investimento inicialmente previsto chegava a R$ 42 milhões. O dinheiro seria aplicado na oferta de sinal gratuito de Internet em locais públicos e um sofisticado sistema de vigilância eletrônica das ruas da cidade, escolas e repartições municipais.
O Jampa Digital foi lançado e licitado em 2009 pelo então prefeito Ricardo Coutinho (PSB) e seu à época secretário Aguinaldo Ribeiro (Ciência e Tecnologia). Uma empresa baiana, a Ideia Digital, foi contratada para executar o projeto, para o qual o MCT liberou R$ 4,7 milhões em 2010. A execução foi iniciada em abril daquele ano, mas logo a população começou a reclamar que a Internet sem fio não funcionava e a imprensa passou a denunciar indícios de direcionamento da licitação e superfaturamento dos equipamentos licitados.
Por essas e outras, de proposta de inclusão digital e reforço à segurança das pessoas e do patrimônio público o Jampa transformou-se rapidamente em escândalo de corrupção. As denúncias foram investigadas e comprovadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal. Os resultados da investigação foram anunciados em junho de 2013. Segundo a PF, parte do dinheiro desviado do projeto teria abastecido a campanha de Ricardo Coutinho a governador em 2010.
Além da apuração já concluída no MCT, o Jampa é objeto de ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta do envolvimento dos agora deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP) e Rômulo Gouveia (PSD), este por ter patrocinado emendas ao Orçamento da União para o projeto. O processo também foi enviado pela Justiça Federal ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em função do foro privilegiado adquirido pelo ex-prefeito a partir de quanto elegeu-se governador do Estado.
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4 Respostas para PMJP tenta diminuir peso da ‘herança maldita’ do Jampa Digital
O Mantega, foi preso dentro do CENTRO CIRURGIGO onde a esposa estava sendo operada.Mas aqui , não acontece nada com ninguém… PODE?
Corrupção estå contaminando todo território nacional que vergonha causa certo políticos.
Lula ta em apuros o.daqui da pequenina parece ser blindado. Vôte
Lula vai ser preso, e aqui na Para ia ninguém resolve nada???!!!