Pesquisa mostra que o endividamento aumentou e os brasileiros estão mais cautelosos com as compras de bens de maior valor
Depois da queda de 2,5% em maio, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) ficou estável em 100,5 pontos em junho. O indicador está 0,5% abaixo do registrado em junho do ano passado e 7,4% menor do que a média histórica. As informações são da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nessa sexta-feira, 23 de junho.
“A confiança do consumidor se mantém estável em patamar baixo, sendo incapaz de estimular uma recuperação do consumo suficientemente forte para impulsionar a atividade econômica”, avalia a CNI. De acordo com a pesquisa, as expectativas dos brasileiros para os próximos seis meses em relação à inflação, ao desemprego ao endividamento e à situação financeira ficaram estáveis em junho frente a maio.
“Há uma preocupação acima da média com os preços, o emprego e a situação financeira. Com isso, a confiança continua muito baixa”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo. Ele destaca que consumidores preocupados com a renda, com os preços e com o emprego tendem a reduzir as compras. “A recuperação da confiança é importante para aquecer o consumo e reativar a economia”, afirma o economista.
Conforme a pesquisa, só a perspectiva sobre a renda pessoal teve uma melhora significativa em junho. O indicador de expectativas da renda pessoal aumentou 2,1% na comparação com maio. Mesmo assim continua 0,8% abaixo do registrado em junho do ano passado. O indicador de expectativas de compras de bens de maior valor, como móveis e eletrodomésticos, recuou 1% e o de endividamento caiu 0,9% em relação a maio. Isso significa que aumentou a cautela com o consumo e as pessoas estão mais endividadas.
Esta edição do Inec, feita em parceria com o Ibope Inteligência, ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 8 e 12 de junho.
- Ascom/CNI
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