Com a prisão do prefeito Berg Lima, de Bayeux, diversas compras realizadas por ele e seus antecessores deverão ser investigadas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), através do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Civil do Estado.
Indícios de irregularidades nos negócios da Prefeitura de Bayeux com fornecedores foram apontados por João Paulino, o empresário que gravou o prefeito Berg recebendo propina no valor de R$ 3,5 mil como contrapartida à liberação do pagamento de refeições fornecidas à UPA da cidade.
Em depoimento prestado no dia 18 de maio deste ano na Delegacia de Defraudações da Capital, João disse que ficou impressionado com os valores e a quantidade de alimentos que a Prefeitura de Bayeux contratara junto a diversos fornecedores.
Contou, por exemplo, que há dois meses, ao acessar o Portal da Transparência da Prefeitura, deparou-se com um “contrato grandioso” de fornecimento de alimentos para o ‘Hospital Materno’ da cidade. Curioso, foi pessoalmente lá checar a informação e encontrou na cozinha uma lista de compras (imagem reproduzida ao lado) de produtos que foram ou seriam adquiridos, na sua opinião, em quantidades “exageradas”.
O empresário adiantou à Polícia que o fornecedor de alimentos ao Hospital Materno-Infantil seria uma firma de nome Santa Teresa ou Santa Maria. Mas nenhum dos itens da lista de compras do ‘Materno’, por ele fotografada, rivalizaria com um contrato de fornecimento de polpa de fruta da marca Ideal no valor de R$ 360 mil.
Nos cálculos de João Paulino, sendo real o fornecimento de todo aquele volume de polpa, funcionários das repartições municipais de Bayeux teriam que consumir pelo menos mil reais de sucos por dia.
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