• Por Flávio Lúcio Vieira
Cássio Cunha Lima foi acusado, denunciado e agora será investigado de ter recebido R$ 800 mil reais da Odebrecht e de ter declarado ao TSE “apenas” R$ 200 mil em sua prestação de contas eleitoral. Uma “sobra” de R$ 600.000,00.
Cássio pontua na lista do Ministro Fachin divulgada na terça (1′), ao lado de outros potentados políticos como Aécio Neves, José Serra, Alckmin… Com a diferença que esees receberam gordos depósitos no exterior.
Não agirei como Cássio Cunha Lima agiu à época em que liderava o PSDB no Senado e antecipava juízos condenatórios, entre o arrebatamento e o deleite, quando era instado a comentar notícias de atos de corrupção que envolviam o PT, produzidas através de delações que vazavam ilegalmente pela imprensa.
Darei ao Senador o benefício da dúvida e esperarei pelos resultados das investigações que apontarão se ele cometeu crime ou não.
Mas restará saber o efeito que terá no curto e médio prazos sobre os projetos de Cássio para 2018, na medida em que o tucano tende a ser violentamente atingido pelo que Rubens Nóbrega nomeou ontem neste espaço de “efeito exterminador de reputações”.
Acredito que a já remota possibilidade de uma candidatura de Cássio Cunha Lima ao governo seja abandonada em definitivo, o que o forçará a agir de acordo com seu manual de sobrevivência, já colocado em prática a partir de 2007, quando, já prevendo a sua cassação, passou a trabalhar pela candidatura de Ricardo Coutinho: abrir o caminho para a candidatura de Luciano Cartaxo, que é, de longe, o nome mais viável da oposição. Em próximo texto analisarei por aqui a opções de Cartaxo.
Se antes a postura do senador tucano era de esperar pelo amadurecimento do quadro eleitoral da disputa de 2018 para decidir que caminho tomar, a abertura do inquérito no STF tenderá a acelerar essa decisão, na medida em que Cássio terá de passar por um torturante calvário até junho de 2018, quando serão realizadas as convenções. Nenhuma candidatura ao governo resistiria a tamanhos e permanentes questionamentos.
Por isso, acredito que o principal efeito da “Lista Fachin” na política paraibana será o PSDB correr para antecipar a montagem de um palanque forte para 2018, o que é essencial para enfrentar a poderosa estrutura que o governador Ricardo Coutinho constrói para 2018.
Nisso, outra grande questão emergirá: saber se o prefeito Luciano Cartaxo vai querer manter essa aproximação com Cássio e correr o risco de ser contaminado pelo inevitável desgaste que atingirá o tucano.
O céu ficou nublado, Cássio…
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