Em carta dirigida ao Blog, servidor da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa) avalia que o Governo do Estado pode ter tudo, menos gestão de águas. Pelo menos não do ponto de vista técnico e profissional, porque em lugar disso teríamos a gestão da própria Aesa entregue a políticos profissionais por sucessivos governos.
Por motivos óbvios, em se tratando das relações de poder dentro do serviço público estadual, o nome do funcionário não será revelado. O conteúdo do seu escrito revela, contudo, ser alguém que conhece por dentro e por fora o órgão no qual trabalha. Denota conhecer muito mais a direção de agora e a importância que o atual governo dá à gestão de recursos hídricos em um Estado com extrema carência de segurança hídrica. Vamos à carta.
Senhor jornalista Rubens Nóbrega,
Sou funcionário da AESA-Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba. Nessa condição não tenho como revelar meu nome verdadeiro. Tenho certeza absoluta da retaliação de que serei vítima. Apesar desse anonimato, acredito que o meu testemunho seja de interesse da Paraíba.
Os governos da Paraíba nunca deram atenção à gestão de águas, pelo menos não tanto quanto deram à construção de barragens e adutoras. Obras de pedra e cal interessam muito mais aos políticos.
No governo “tampão” de Maranhão, entre 2009 e 2010, o problema da gestão de recursos hídricos ficou como uma promessa, para o caso do governador ser reeleito. A pasta de Recursos Hídricos tinha à frente o então “todo-poderoso” Prof. Francisco Sarmento, chamado na imprensa de “super secretário”.
Ele veio de Brasília e conhecia como poucos o Projeto da Transposição do São Francisco. Eu fazia parte da diretoria da AESA e tivemos com o secretário uma reunião onde ele fez uma exposição sobre o projeto e sobre o que deveria ser feito para que a Paraíba se preparasse para receber as água. Naquela altura (2009-2010) a obra do Eixo Norte já tinha começado (em 2007).
No final de março de 2009, cerca de 40 dias após a cassação definitiva do ex-governador Cássio Cunha Lima, a ANA – Agência Nacional de Águas colocou a Paraíba no rol dos estados que não estavam preparados para receber a transposição do São Francisco. Além disso, a ANA publicou a Resolução nº 714/2009 (cópia em anexo) onde cobrava o cumprimento das determinações em torno da transposição.
Diante desse quadro, resumindo, foram tomadas diversas providências administrativas para dar início ao processo de preparação do Estado para receber as águas. Cito algumas:
• elaboração e envio à Casa Civil (em 03/12/2009) do Governo do Estado de um PL – Projeto de Lei instituindo o Plano de Cargos e Carreiras da AESA e a sua completa adequação para atender as futuras necessidades e demandas de pessoal que viria com a transposição;
• em Julho de 2009, após longos debates o Conselho Estadual de Recursos Hídricos aprovou a Minuta de cobrança pelo uso da água bruta (Resolução no. 7, de 16 de julho de 2009), que somente veio a ser assinada e publicada ano passado;
• regulamentação do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Resolução CERH no. 9, de 1 de março de 2010). Importante, para evitar que o futuro pagamento pela água bruta ficasse em um fundo apropriado, longe das mãos de quem poderia destinar esses recursos para outros fins;
• projeto e início de implantação do Sistema de Monitoramento de Águas Locais e Transpostas. Como o próprio título diz, tinha o objetivo de aprimorar a gestão de águas, tanto locais, como as que chegariam com a transposição (cópia da palestra de apresentação do sistema em anexo, apresentada no dia mundial da água 22/03/2010. Naquela ocasião, quatro das estações do sistema já haviam sido implantadas;
• elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos com o objetivo de atender às exigências da Licença Ambiental da transposição.
Quando Ricardo Coutinho foi eleito em 2010 acreditamos que as coisas pudessem ser continuadas. Ledo engano. Basta olhar a que foi relegado a nossa querida AESA. Sem demérito dos que presidiram a agência nesses últimos sete anos, mas a análise dos perfis profissionais desses senhores nada tem a ver com Recursos Hídricos, tampouco os políticos que por aqui passaram se assessoraram por quem entendia alguma coisa desse assunto. O critério de nomeação usado pelo governador diz muito sobre em que conta ele tem essa gestão de águas, isso num estado onde a regra é a escassez.
Pessoalmente até gosto do Presidente João Fernandes, mas essa de gerir recursos d’água, como se diz no popular, não é a praia dele. Não se pode gerenciar água como se estivesse travando debates políticos. Tampouco fazendo jogo de cena para a mídia. Esse é um assunto sério demais para ser tratado por um ex-deputado sem nenhuma proximidade com o cargo que exerce. As últimas ocorrências envergonharam os técnicos sérios da AESA. Em homenagem aos oito anos de governo Coutinho (que completa ano que vem), cito oito trapalhadas documentadas pela imprensa:
• após sete anos de governo Ricardo Coutinho, quando a água do Eixo Leste já vem descendo pelo rio Paraíba abaixo, o presidente da Aesa declara que vai começar a cadastrar os usuários de água ao longo do rio Paraíba. E o nosso sistema de outorgas (previsto em lei federal e estadual) implantado desde o início dos anos 2000, não funciona mais no governo RC? Foi abandonado nesses últimos anos?
• na ânsia de mostrar que estava fazendo alguma coisa, a presidência da Aesa determinou “o adiantamento da água” mandando abrir as comportas do açude São José (o primeiro a receber as águas na bacia do Paraíba). Resultado: como as águas chegaram precariamente, sem muita vazão, a manobra provocou mortandade da quase totalidade da vida aquática na barragem…Até onde sei, o MPF está investigando possível crime ambiental;
• ao invés de defender os interesses da Paraíba em relação ao governo federal (de quem o Governador RC não é nenhum simpatizante) quando o Ministério da Integração não lançava na PB a vazão prometida, o presidente João Fernandes voltou sua metralhadora política para os técnicos locais que brigavam para que a água viesse logo e em quantidade suficiente e preservou o governo federal (apoiado por Cássio Cunha Lima). Sem dúvida uma genial manobra no campo em que nosso presidente é bom: a política;
• Como as providências de obras não foram tomadas a tempo, nem cobradas do DNOCS, a população do Cariri “pagou o pato” e os tais “rasgos” (linguagem que a nós técnicos envergonha) foram abertos nas barragens de Poções e Camalaú, deixando várias cidades sem água, pois o nosso Presidente joga para a plateia campinense e os cidadãos de Monteiro e Camalaú devem se contentar em ver a água passar, além de terem perdido seus próprios mananciais, devido aos tais “rasgos”.
Chuva no Cariri hoje e nos próximos anos não fica mais lá: desce direto pra Boqueirão.
Como se isso não bastasse – deixar os caririseiros virem a água passar – sequer previram que a vazão iria isolar comunidades que, ao longo dos seis anos de seca do governo RC, transitavam pelo rio. Um jornal local publicou ampla matéria sobre isso no último domingo. Mesmo as antigas estradas de terra marginais ao rio não foram recuperadas.
O sistema de monitoramento das águas transpostas (slides de 2010 em anexo) foi abandonado e, na situação atual, estamos assim: não se mede sequer quanto está entrando de água em Monteiro. É como um cidadão que recebe a água em casa sem ter hidrômetro e tem de acreditar na CAGEPA que é quem lhe diz quando está entregando de água na casa dele.
Este ano, a água da transposição ainda não será cobrada. Em 2018, sim, conforme o próprio secretário João Azevedo. Se a Aesa continuar como está, a Paraíba vai ficar pagando a conta na mesma condição do cidadão hipotético que falei acima: O Governo Federal diz que entregou tanto de água e a Aesa acredita (porque não tem alternativa, já que nada gere) e repassa para o Governo do Estado a conta que, por sua vez, claro repassa pra nós, cidadãos.
Os tais “rasgos” nas barragens de Porções e Camalaú foram feitos sem nenhum tipo de Licenciamento Ambiental, em caráter emergencial (??!!), quando a execução poderia ter sido iniciada desde 2014, quando os projetos ficaram prontos, sem com isso deixar o Cariri sem seus reservatórios. Além do mais, nos últimos sete anos nenhuma das soluções de saneamento ambiental dos municípios da bacia do Paraíba foi implantada, o que impossibilita que a Licença de Operação do Eixo Leste seja dada pelo IBAMA. Não nos esqueçamos que o Eixo Leste ainda não opera oficialmente, pois quem liga e desliga as bombas é a empreiteira que lá ainda está por terminando a obra.
O Governo do Estado tenta fazer do limão – de ter relegado a gestão de águas ao último plano – uma limonada e prepara uma festa de “recepção” das águas em Boqueirão amanhã (12/04/2017). Contam com a desinformação do povo que acredita na propaganda oficial que diz que o governo do estado fez a parte dele.
Qualquer pessoa mais bem informada percebe pelas anotações acima que tudo poderia ter sido diferente, se órgãos como a AESA e a SUDEMA não tivessem ficado nas mãos de políticos tradicionais da terrinha, daqueles que entendem que cargos públicos se prestam a lhes dar poder e remuneração certa – para eles e os deles. Mas e as atribuições e responsabilidades dos órgãos que lhes caem nas mãos por conveniência política? Ah, isso é só um detalhe…
Obrigado pela atenção.
O outro lado
Cópia da carta reproduzida acima foi encaminhada ao diretor-executivo da Aesa, o ex-deputado João Fernandes, solicitando manifestação sobre as críticas e informações do servidor. Segundo assessores, ele estaria incomunicável em algum ponto do Cariri, acompanhando a vazão e a evolução da água do Rio São Francisco no Rio Paraíba. De todo modo, o blog permanecerá ao dispor de qualquer pronunciamento daquele dirigente. O que chegar, quando chegar, será publicado.
É BOM ESCLARECERO Blog do Rubão publica anúncios Google, mas não controla esses anúncios nem esses anúncios controlam o Blog do Rubão.
13 Respostas para Estado não tem gestão de água, afirma servidor da Aesa
Pessoal, fui aluno do Prof. Sarmento na UFPB e tenho acompanhado esse debate. Vejam o que meu professor dizia ainda em julho de 2016, há quase 1 ano atrás: “Transposição não solucionará totalmente crise hídrica em CG, alerta professor”: Francisco Sarmento, doutor em Recursos Hídricos, em entrevista à Rádio Correio FM, alertou a população paraibana, em especial as das cidades que vêm sofrendo com a crise hídrica devido ao baixo nível do açude de Epitácio Pessoa, que, após a finalização das obras da transposição do Rio São Francisco, os problemas no abastecimento não estarão solucionados.
Além de desacreditar que as obras estarão prontas em dezembro deste ano, o doutor atenta para as estações de bombeamento que precisarão de obras específicas para que o encaminhamento das águas seja realizado com sucesso.
– O problema são as estações de bombeamento. São seis estações de bombeamento para vencer uma diferença de 300 metros de altura. Dessas seis estações só tem duas hoje que estão energizadas e com condições de funcionamento, tem mais quatro estações para poder vencer esse desnível geográfico para chegar até ás cabeceiras do Rio Monteiro. Mesmo que chegue lá, concluída essas seis estações de bombeamento, essa água vai cair no Açude de Poções, em Poções precisa ser feito uma obra ainda para que ele dê vazão e o mesmo tem que ser feito em Camalaú para que chegue a Boqueirão.” Paraíba Online (13/07/2016)
Rapaz esse João Fernandes tá meio perdido. Ouvi uma entrevista dele da Tabajara hoje e fiquei chocado…Só um aperitivo:1) confessou que o Eixo Leste era uma obra não terminada e que estava sendo testada pela empreiteira botando água na PB; 2) Disse que fala do jeito que fala porque é a linguagem do povo (coitado do povo, tem de ouvir); 3) Disse que a gestão na Aesa é feita por 53 comissionados e que não tem quadros apesar de ter apela pra João Azevedo e o próprio governador. 4) Ora diz que o racionamento se acaba em Campina em 3 meses ora diz que vai liberar água pra Acauã, abrindo as comportas de Boqueirão (quem diabo entende isso). Só na Tabajara mesmo pra se gastar tão precioso tempo de mídia. Ôô Luiz Torres, escuta a entrevista, mas toma um Lexotan antes!!!!
Ei Caio, ouvi a entrevista e quase morro de ri também. Uma coisa como aquela só pode ocupar o espaço que ocupou porque é rádio estatal. Ninguém suportaria ouvir um carrocel de contradições como aquele, sem falar do “linguaja” que nos envergonha mesmo. Ricardo tá é lascado com um gestor de águas daquele. Recomendo que João Azevedo ouça a entrevista, sobrou indiretamente até pra ele. Cadê o secretário Luiz Torres pra orientar esse homem!!!
Oh Rubão!!! Terminou agora na Tabajara a entrevista de João Fernandes respondendo a essa sua publicação. Quase uma hora de comédia. Pense num homem tão enrolado quanto desesperado pra explicar o inexplicável. Disse que fala daquele jeito porque aquela é a linguagem do povo. Coitado do povo! Sempre sendo agredido!! No desespero ele atacava o governo federal, depois elogiava. Colocava o governador na berlinda, deixou Ricardo em maus lençóis em vários momentos. Confessou que a Aesa não tem quadros e que já falou com João Azevedo e com o próprio governador e não obteve êxito. Mas, disse que os outros governadores também não fizeram nada (ou seja, não tinha problema se Ricardo também não fazia). Disse que o Eixo Leste não tá pronto e que a água que está chegando na PB é fruto dos testes que a empreiteira tá fazendo na obra. Que só em janeiro de 2018 é que talvez o EIxo Leste fique pronto. Deu munição pra oposição, dizendo que a Aesa não tem servidores, mas sim 52 COMISSIONADOS. Que os poucos quadros bons da Aesa estavam saindo, buscando coisa melhor, em concursos públicos e que ele se despedia desses técnicos com tristeza e alegria. Sobrou até pra Aesa (elem da vergonha dos servidores) quando confessou que o crime ambiental da morte dos peixes do açude São José, foi a Aesa que abriu as comportas e quando foram fechar uma delas emperrou, nesse momento ele disse que foi a Aesa que falhou, não ele, que tinha dado a ordem de secar o açude. VALE A PENA OUVIR E MORRER DE RIR, se não fosse trágico saber que a gestão de águas na PB está na mão de uma pessoa sem nenhum aptidão para o cargo……Triste
Descaso total. Rio Paraíba assoreado. Açude do boqueirão assoreado. As águas chegaram e não temos gestão de coisa alguma. Cidades inteiras sem saneamento básico, sem estação de tratamento de água e muito menos de esgoto.
Pior ainda, não temos projeto nenhum para fomentar e desenvolver as atividades do homem ribeirinho. Nada !
Enquanto isso, o Reicardo mela barro com lama asfáltica e diz que está tirando cidades do isolamento, como se isso enchesse barriga. Fecha escolas e agora está fechando a UEPB, por inanição. Não paga aos fornecedores e deve mais de 2 bilhões em precatórios e já disse que não vai pagar( isto sob os olhos complacentes da nossa JUSTIÇA!). E como abominável populista inaugura, aqui e ali parques, dando circo prá população, que quer água, moradia, educação de qualidade, saúde, etc. Reicardo pensa no seu imaginário que o povo de Campina Grande é trouxa, é massa de manobra.
Essa é a nossa Paraíba. Quer mudar !? Só o voto consciente muda.
Não é possível que os deputados do Cariri sejam tão burros assim pra não enxergar o que essa falta de gestão fez com a nossa região. DEPUTADOS ACORDEM!!! nossos açudes de PORÇÕES E CAMALAÚ foram tirados do caminho pra água passar pra Campina Grande, mesmo que chuva no nosso quintal a água não fica mais lá!!! O pior é que NÃO PRECISAVA SER ASSIM SE NÃO FOSSE ESSA TRAPALHADA DE GESTÃO QUE QUANDO VIU AS ÁGUAS CHEGANDO IMPROVISARAM O RASGO!!!!!
Os políticos só gostam de ouvir aquilo que enche seu ego, detestam criticas. O servidor que escreveu esta carta, demonstra profundo conhecimento no assunto. O RASGO que ele citou, eu já tinha escrito nas redes sociais, onde usei a palavra VALA RÚSTICA. O descaso com o gerenciamento do projeto de tão alta complexidade, na parte da Paraíba, é vergonhoso. Em todas as etapas,um palanque é montado. Eu tinha algumas dúvidas relativas a conta que a população iria pagar, mas depois de lê esta carta, por sinal extremamente esclarecedora, acabaram-se às dúvidas. Realmente, a CONTA irá ser muito pesada e o RASGO se tornará um BURACO.
Esse governo não sabia que essa água ia chegar? Por que essas trapalhadas todas?? E no Eixo Norte? Deve estar do mesmo jeito. Vão fazer um RASGO em São Gonçalo e Engenheiro Ávidos também? Pra deixar passar direto pro RN?? E o leito do rio Piranhas? Vão fazer cadastro ainda? Se for com João Fernandes gerindo, num chega uma gota no RN!! Assim ele se notabiliza pra além das fronteiras do nosso estado. Pense num gestor!!!?
É A MÍDIA PAGA, QUE NESTE GOVERNO FAZ A DIFERENÇA.
OS CULPADOS, nós que votamos nesta gente do PSB que vivem de enganação, de mentira para se manterem no topo da politica.
O SERVIÇO PUBLICO, está literalmente sucateado nas mãos de políticos nao de técnicos de carreira realmente capacitados que estão abandonando os serviços públicos.
O RESULTADO, está aí, onde figurantes indicadoS e apoiado pelo governo ocupam estes cargos em gerenciamento de empresas e serviços estratégicos.
Será que o Governador Ricardo é tão cego que não enxerga que esse homem da Aesa só dá fora. É só assistir as entrevistas dele pra perceber o nível. Acorda governador, com esse político sem mandato na Aesa quem vai pagar a conta da transposição é o povo. Não basta esse monte de trapalhada não??? Ainda por cima, por não ter tomado as providências devidas deixou o povo do Cariri sem água e sem seus açudes. Com uma gestão dessa, só os 7 anos de seca da praga do Egito!!!
João, tu não és mais Deputado não. Deixa as fotos pros que tem mandato…
É nisso que dá, botar político onde deveria estar um técnico. Sou do Cariri e vejo agora que poderia ter sido evitado isso de acabarem com nossas barragens de Camalaú e Poções. Agora, mesmo que chova, como choveu em 1 de abril, nossa água pega descendo pra Boqueirão. E esse tal de João Fernandes, ao invés de ficar tirando fotos com a água passando, devia era ter implantando as comportas pra num ter que abrir o rasgo dele. O povo pra sofrer esse do Cariri, com tanta falta de gestão, que desmanchar até o que tava feito, ou seja, os slides de Camalaú (feito por Braga) e o de Poções (da época de Burity).
Oh João, volta pra casa pra responder isso!! Ficar olhando a água escoar pelo rio Paraíba não é gerenciar água. Vá pelo menos de helicóptero, como fez o prefeito Romero, peça emprestado o de Deca do Atacadão, é mais rápido e você não perde o expediente. FICAR OLHANDO PRA ÁGUA NÃO VAI FAZER ELA ANDAR MAIS RÁPIDO. Corre homem!!! Teu cargo tá em risco!!!