Embora defendida e praticada por muitos(as) obstetras, a episiotomia – corte na região do períneo (entre a vagina e o ânus) para facilitar a saída do bebê – pode mutilar, fazer cicatrizes, queloide e causar até reações alérgicas ao material usado na sutura. Consequências que podem arruinar a vida sexual da uma mulher, temporária ou definitivamente. Caso de celebridades como Bela Gil e da cantora de ópera Amy Herbst são referências de histórias escabrosas sobre o procedimento que o blog abordou na manhã desta quarta-feira (19), envolvendo um caso no Hospital Universitário de João Pessoa.
Bela Gil contou sua história em uma série de vídeos sobre a maternidade em seu canal do Youtube, Bela Gil fala sobre a maternidade. “No primeiro deles, ela conta sobre a episiotomia feita durante o parto de sua primeira filha, Flor, 7 anos, e das consequências desastrosas que a intervenção trouxe à sua vida. Recentemente, Bela deu à luz o seu segundo filho, Nino, 3 meses, em um parto humanizado feito em casa. Vídeos do nascimento de Nino também podem ser vistos no canal da apresentadora”, diz matéria publicada na Revista Crescer, de O Globo, em 23 de setembro último.
A mesma publicação traz em uma postagem de 10 de setembro de 2014 a história da cantora de ópera Amy Herbst que no início daquele ano processou o governo dos Estados Unidos por causa dos danos que a cirurgia realizada pelo Hospital Militar de Kentucky trouxe para a sua carreira. “De acordo com a cantora, o corte foi feito sem sua autorização e não cicatrizou direito. Como consequência, ela não consegue controlar seus movimentos intestinais enquanto canta e sofre com flatulências e vontade de defecar”, descreve a Revista Crescer.
Já a jornalista Beatriz Vichessi, em colaboração publicada ontem (18) no UOL, portal do Grupo Folha de São Paulo, revela que “embora a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponte que provavelmente somente em 10% ou 15% dos casos a episiotomia seja necessária, o corte é feito no Brasil em 53% dos partos, mesmo a conduta sendo apontada como desnecessária na maioria dos casos desde a década de 1970. O dado consta do documento ‘Nascer no Brasil – Inquérito Nacional Sobre Parto e Nascimento’, fruto de pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)”.
Brutalidade até o fim
Resumindo, a médica puxou o bebê com o fórceps e no final mandou o estudante suturar a episiotomia, que ele levou mais de uma hora para concluir. “Eu e minha colega anotamos tudo no prontuário. A doutora não gostou do nosso registro e passou a limpo o prontuário, fazendo nova folha de registro! E foi dormir”. De tão profundo o corte, ele pediu à enfermagem gelo perineal, para reduzir o edema. “Só se a Dra. prescrever!”, disseram ao rapaz. “Daí me humilhei na frente da obstetra para conseguir que fosse colocada a compressa de gelo. Consegui, mas ouvi que tinha sido bom “para ela ver que pôr filho no mundo não é brincadeira!”.
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4 Respostas para Procedimento em parto no HU pode arruinar vida sexual da mulher
Sem contar que o médico. Que fez meu parto no Edson Ramalho quebrou as clavículas da minha filha e fizeram episiotomia em mim.
Já sofri isso das minhas duas filhas em outras maternidades o que não. Muda de uma pra outra porque os profissionais são. Os mesmos.Dão plantões. Em varias maternidades.
Quanta falta de humanidade, quanta ignorância, tantos doutores ignorantes, que atitude desprezível.
Que horror !