Luciano Cartaxo em entrevista ao CBN João Pessoa (Foto: CBN/JP)

O prefeito Luciano Cartaxo (PSD) confirmou hoje (15) que a Guarda Municipal de João Pessoa vai trabalhar armada, com arma de fogo. “Fizemos um convênio com a Polícia Federal e mais de 300 guardas, recentemente classificados em concurso público, serão submetidos a testes e treinamentos. Aqueles que passarem nesse exame, que será rigoroso, como é próprio da PF, serão autorizados a trabalhar com arma”, disse.

Cartaxo transmitiu a informação sobre armamento da guarda civil do município à CBN João Pessoa, dentro da série de entrevistas com os candidatos a prefeito da Capital, aberta na terça-feira (13) com Cida Ramos (PSB) e sequenciada ontem com Victor Hugo (Psol). Charliton Machado (PT) será o último entrevistado do programa, amanhã. Participam como entrevistadores os colunistas Suetoni Souto Maior, Laerte Cerqueira e Rubens Nóbrega.

Ainda sobre as preocupações da população com a violência em João Pessoa, Luciano Cartaxo lembrou que, apesar de constitucionalmente tal enfrentamento caber ao Estado, a Prefeitura tem investido na Guarda Municipal justamente para suprir eventuais deficiências do próprio aparelho estadual de segurança pública. Como exemplo, citou melhorias na sede da Guarda, compra de viaturas, uniformes e um concurso recente do qual foram convocados 336 aprovados, entre eles 100 mulheres.

Hospital da Mulher

O prefeito dedicou maior tempo de sua participação para justificar porque não cumpriu a promessa de construir e fazer funcionar o Hospital da Mulher, promessa de sua primeira campanha, em 2012. “Não tivemos respaldo do governo federal para o Hospital da Mulher. Recursos foram contingenciados. O mesmo compromisso foi feito pelo governador do Estado na última eleição, que prometeu transformar a Frei Damião no Hospital da Mulher. Era uma coisa mais simples e ele não cumpriu”, argumentou.

Desvios na Lagoa

Luciano Cartaxo também teve oportunidade de tratar na CBN das irregularidades constatadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) na obra de revitalização e reurbanização do Parque Solon de Lucena, o Parque da Lagoa, da qual teriam sido desviados cerca de R$ 9,6 milhões. O prefeito contesta as conclusões da CGU e diz que a regularidade do empreendimento foi atestada pela Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades.

Ele também negou que tenha sido intimado a prestar depoimento nos inquéritos instaurados no Ministério Público Federal (MPF) e na PF para apurar os problemas levantados pelos técnicos da CGU, que remetem a superfaturamento nos serviços de infraestrutura realizados pela empresa Compecc, em especial o túnel para dar vazão à água que se acumula sob chuva mais forte e faz a Lagoa transbordar, inundando suas calçadas e alamedas mais próximas.