O janeiro que já se finda e o anúncio de vacina bivalente contra a versão mais antiga e a mais nova do coronavírus remetem-me ao princípio de 2021. E, assim, atino para a pressa do tempo. Como corre!
O fato é que lá se vão dois anos da morte de Genival Lacerda, um camarada saído da periferia de Campina Grande para os palcos do Brasil. Há dois janeiros, matou-o, desgraçadamente, o coronavírus. Ponho-me a pensar em quantas vidas úteis às nossas vidas teriam sido poupadas caso dispuséssemos dos cuidados sonegados ao País pela indiferença, pela incúria, pelo abandono institucionais.
Enumero apenas, com o pedido do perdão por lapsos de memória, essa gente que nasceu com o talento para as muitas manifestações da arte, situem-se elas nos campos da música, da literatura ou da dramaturgia. Refiro-me aos que vieram ao mundo para o acalanto das nossas almas, para nos emocionar, ou fazer rir.
Não tiveram tempo para ouvir o anúncio da tal vacina bivalente, então feito pelo Jornal Nacional, Tarcísio Meira, Paulo Gustavo, Ubirany (do Grupo Fundo de Quintal), Agnaldo Timóteo, Nicette Bruno, Paulinho (do Roupa Nova), Eduardo Galvão, Daise Lucidi, Ciro Pessoa (dos Titãs), Aldir Blanc e Nelson Sargento. O paraibano Genival, penosamente, encabeçou essa fila.
Outras mortes por Covid nos abateram de forma ainda mais dura, em razão do companheirismo e da convivência por décadas nas Redações de João Pessoa. A bênção, Humberto Lira. A bênção, Otinaldo. Para nossa tristeza, vocês e mais dois outros colegas de Campina Grande (Fernando Santos e Karina Araújo) se incluem na relação dos quase 50 jornalistas brasileiros abatidos por essa praga.
Dois anos atrás, a notícia da morte de Genival Lacerda me repunha em 1958, tempo em que eu cursava o Primário no Recife e morria de saudade de casa. Os domingos sem escola me permitiam a cama por mais tempo. Das 9 às 12, o rádio do vizinho sintonizado na Tamandaré sempre me trazia as vozes de três paraibanos. “Eu fui feliz no meu Bodocongó”, cantava Jackson. Naquele barquinho de um remo só eu também chegava a Campina, longe, ainda, da pequena Pilar, onde viviam meus pais, irmãos e amigos. Contudo, já mais perto dos meus.
Marinês, então, me divertia. Apesar dos meus 12 anos, eu suspeitava de que havia algo além da pimenta de Seu Malaquia naquele peba. Tudo por conta do rumo da conversa travada no meio da música, com a sanfona a resfolegar.
Ela – Ô, sujeito, tu não dissesse que não ardia?
Ele – E ardeu?
Ela – Ardeu, sim.
Ele – Mas tu gostou.
Ela – Eu gostei, mas tô pegando fogo.
Tudo bem, Marinês nasceu em São Vicente Férrer, Pernambuco, mas quem lhe negaria a alma campinense? “Coco de 56” e “Dance o xaxado”, em gravação da Mocambo, cemitério de cantores, como a tratava o deboche pernambucano, preenchiam o compacto duplo, o primeiro da carreira de Genival Lacerda, ao que li. Estava ali, então, a terceira voz da Paraíba a me embalar o coração de menino naquelas manhãs de domingo, no subúrbio de Jangadinha, a cinco horas de trem do meu ninho.
O Genival que cantava nas manhãs da Tamandaré e em muitas outras emissoras nacionais, nas vizinhanças de 1960, ainda não era o Senador do Rojão nem o Rei da Munganga, aquele da “Severina Xique-Xique”, do “Rock do Jegue”, ou do “Mate o Veio” e, sim, o intérprete de coco e xaxado no palco da minha e de muitas saudades. Foi quando eu mais gostei dele.
O homem sobreviveu à Gravadora Mocambo, o dito sepulcro de nomes regionais. Fez-se conhecido e aplaudido por multidões. Aos 89 anos, foi morto por um vírus mal contido pela imprevidência governamental e pela insensatez de muitos, em meio ao distinto público. É dele, primeiramente, que volto a lembrar, passados esses dois anos. Mas, também, por extensão, dos outros sem-tempo para a vacina de agora. Uma pena.
ANÚNCIO QUE ELES NÃO VIRAM, por Frutuoso Chaves
DOENCEIRO SOLTO, por Ana Lia Almeida
Foi covid, seu Carlinhos. Não durou cinco dias no hospital. Tanto que avisaram a ele… Eu mesma dei conselho: se vacine, homem! Mas ele não quis saber. Dizia que o povo tava adoecendo era por causa da vacina, que não tinha precisão, que a vacina dele era a de Deus, essas conversas.
A moça de óculos escuros lamentava movendo a cabeça sutilmente de um lado para o outro, em modo de não, no que olhou para cima e encontrou os olhos de Rita prestando atenção na conversa. Rita, de pé no corredor do ônibus, segurava as barras de apoio do banco em que a moça vinha sentada ao lado de seu Carlinhos. Este, um senhor educado, havia oferecido o lugar a Rita assim que ela chegou, com sua bolsa pesada. Agradeceu, não precisava, então me dê suas coisas, muito obrigada. Ele notou, pelo reflexo das lentes dos óculos, o encontro do olhar da moça com o de Rita e, ao tomar a palavra, dirigiu-se às duas.
Meu filho chegou em casa com uma conversa dessas também, que não ia tomar a vacina. Pois dentro da minha casa você não pisa, eu dei as ordens. Deixei não. Trazer doença para a gente? Não era nem por mim, que fui o primeiro a entrar no postinho para me vacinar, quando chegou a minha vez. Mas tinha a irmã dele, que na época tinha tomado só a primeira dose; a minha netinha, que agora é que vai agendar… A gente não pode descuidar não, que o doenceiro tá solto no meio do mundo.
Rita pegou a deixa e entrou de vez na conversa. Na casa da patroa dela foi adoecendo um atrás do outro, depois das festas do fim do ano. Ninguém lá se vacinou, tirando a filha do meio, que é brigada com todo mundo e não foi nem para o Natal. Mas caiu também, porque, além da covid, tá dando essa gripe aí, todo mundo pegando. Sei que começou com o caçula, depois do Natal. Já voltou pra casa doente mais a esposa e os dois filhos, os quatro tossindo, com febre e dor de cabeça. Tudinho positivou. Três dias depois, o patrão adoeceu do mesmo jeito. Passou mais uns dias, foi a vez de dona Laura, junto com o mais velho e a esposa. Essa bateu até no hospital, faltando ar. Por isso mandaram o menino deles pra casa da avó doente, mais um para eu tomar de conta. Uma peste! Escondendo os remédios de dona Laura, bulindo em tudo, espalhando os brinquedos pela casa toda, sem brincar com nenhum… Ainda judiava com o cachorro. Menino que come na hora que quer, não sabe, sem gostar de comida nenhuma que tem na mesa; lá ia eu atrás de salsicha pra fazer cachorro-quente na hora do almoço.
A moça de óculos escuros balançava a cabeça em reprovação novamente, pouco antes de atender uma ligação. Ah, se fosse meu neto, dava logo umas boas palmadas, comentou seu Carlinhos. Pense numa bença! _ Rita continuou. Resultado: pegou fraqueza, vivendo só de lanche, terminou voltando pra casa doente também. Só quem testou foram os primeiros, mas acho que tudinho foi covid. Por que eu acho: porque eu fui a única que escapei. Se peguei, não tive nada. Se bem que no sábado senti a garganta um pouquinho, uma molezinha bem de leve. Passei o domingo deitada, tomando chá de alho com limão, e segunda-feira, pronto, já estava boa. Agora, isso por causa de quê?
Da vacina! Respondeu seu Carlinhos. A moça continuava na ligação, saída da conversa. Seu Carlinhos se ajeitava para descer do ônibus, devolvendo as coisas de Rita, que se preparava para sentar no lugar dele. Ela passou o restante da viagem cochilando. Acordou já bem pertinho de casa, com a moça de óculos escuros ainda ao telefone. Quase que Rita perdia o ponto.
FAMÍLIA POR PERTO, por Babyne Gouvêa
É primordial. Comprovado recentemente com caso familiar próximo à autora. A assistência dos filhos adultos aos pais idosos, vítimas da Covid, foi decisiva para a recuperação dos infectados.
O envelhecimento assusta, preocupa e exige acolhimento. É um processo natural do qual ninguém escapa. Ter família por perto faz a diferença. As limitações físicas surgem à medida que a idade avança; e olhem que nem as mentais estão aqui cogitadas.
Os casos conhecidos levam à reflexão. As interrogações tomam proporções muitas vezes exageradas, mas compreensíveis. O temor de olhar para o lado e não ver um familiar por perto chega a dar arrepios.
A distância não só preocupa os mais velhos, mas todos os integrantes do núcleo familiar. Basta uma ocorrência na saúde para bater o sentimento de desamparo. E como faz bem saber que um parente pode lhe proteger com a sua presença.
Estar junto do ente querido é tudo o que uma pessoa precisa para se recuperar de uma enfermidade ou circunstância imprevista. A angústia por haver oceanos e estradas dificultando o contato presencial desestabiliza quem estiver necessitando de cuidados.
Da mesma forma, comemorar algum acontecimento com pessoas íntimas é a certeza de aconchego. Trocar olhares, abraços e confidências com quem tem afinidade é celebrar a felicidade.
Há quem não goste de família numerosa, mas entre tapas e beijos os integrantes desse grupo são, geralmente, os primeiros a prestigiar ou a prestar socorro a um consanguíneo.
Em tempos difíceis, como o atual, o afago presencial é terapêutico. Funciona como um fármaco eficaz. Essa afirmação é comprovada com exemplos no nosso entorno.
Ocorre de alguém migrar do continente europeu para prestar assistência a familiar no continente americano – não é uma iniciativa acessível a qualquer um. É um privilégio para quem dá o apoio, como para quem recebe.
Situação realmente ideal numa adversidade é contar com parentes morando nas proximidades; facilita a vida de todos os envolvidos. É suficiente uma mensagem e todos ficam interligados, caem em campo à disposição do necessitado.
A segurança se instala com a presença do parente. O natural receio é superado instantaneamente. A solidariedade familiar é sublime, milagrosa e contagiosa. Família por perto é um porto seguro em nossas vidas.
CPI É POUCO! por José Mário Espínola
Instalado no dia 20 de novembro de 1945, apenas seis meses após a rendição incondicional da Alemanha e fim da Segunda Grande Guerra na Europa, o Julgamento de Nuremberg estendeu-se por um ano, encerrando no dia 1º de outubro de 1946.
Ao longo desse período, o regime nazifascista foi exposto em sua mais profunda intimidade. O mundo (alemães inclusive) pôde acompanhar horrorizado como foi possível um psicopata seduzir e perverter a mente de toda uma nação.
Foi exposto todo o processo de nascimento, desenvolvimento e perpetuação de um plano sinistro que envolveu aquele país e trouxe consequências funestas para todas as nações do planeta.
Naquela corte, um tribunal penal internacional instalado só para esse fim, foram julgados os principais personagens do nazismo alemão: líderes, ministros, generais, políticos, médicos, empresários, aristocratas, eles foram em sua quase totalidade condenados a penas que variaram da prisão até a forca.
A maioria alegou em sua defesa que cumpria ordens de Adolf Hitler, o facínora que implantou um dos maiores regimes de terror da história. Semelhante a Josef Stalin na União Soviética e Pol Pot no Camboja. Para escapar do julgamento do homem, covardemente ele havia se suicidado poucos dias antes do fim da guerra.
Seus generais tentaram fugir também covardemente, usando todo tipo de estratagema. Alguns conseguiram escapar, a maioria para a Argentina e o sul do Brasil, onde havia muitos seguidores do nazismo. Outros, os mais capazes, foram cooptados pelos Estados Unidos e pela União Soviética, onde puderam desfrutar de uma vida de impunidade.
Os maiores líderes, os maiores responsáveis por esse regime de terror, escaparam do cumprimento da pena capital, de ser pendurado numa corda, ingerindo cápsulas de cianureto.
***
Seis meses após ter sido instalada no Senado, chega ao fim a Comissão Parlamentar de Inquérito aberta para investigar a atuação de autoridades brasileiras no enfrentamento da pandemia que assola o mundo desde fevereiro de 2020, especialmente no Brasil.
Nesses quase dois anos, o país assistiu horrorizado às revelações sobre o comportamento de líderes, ministros, militares, políticos, médicos, empresários, aristocratas, governadores, secretários, subalternos do terceiro escalão, durante a pandemia, muitos dos quais contribuíram para o agravamento da crise sanitária que estamos vivendo, com prejuízo de centenas de milhares de vidas e da economia.
Muitos desses implicados tentam fugir covardemente, alegando que cumpriam ordens. Ao final, ficou bem clara a responsabilidade do principal elemento, o líder maior, a quem pode ser atribuída a principal responsabilidade pelo agravamento da pandemia, com as consequentes mortes resultantes dela.
Ele pecou por ação e omissão, por imperícia, por imprudência e por negligência. Se médico fosse (e por felicidade nossa não o é), seria condenado tendo como base o artigo 1º do Código de Ética Médica (CEM):
- É vedado ao médico:
Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência.
Um tribunal penal a ser instalado deverá apurar todas as responsabilidades, não somente os ilícitos praticados durante a pandemia.
Entre os ilícitos, crimes contra a saúde pública, pela ação de dificultar a prevenção e o tratamento da Covid, por agir contra as medidas sanitárias de usar máscaras e manter distanciamento social. E, especialmente, por vir combatendo de forma institucional a vacinação da população, único recurso para escapar da morte.
Se tivesse agido de forma oposta, teria evitado a maioria das mais 600 mil mortes de brasileiros, que enlutaram número igual de famílias, muitas das quais acreditaram nele.
Crimes contra a humanidade, bem caracterizados pela perseguição institucional a índios, quilombolas e todas as classes sociais de baixa renda. Crimes contra a natureza. Crimes contra a ordem econômica e social. Crimes contra a educação. Crimes contra a cultura. Crimes contra negros. E, finalmente, por tornar o Brasil um pária das nações do mundo.
Muitos outros crimes serão denunciados contra o cidadão-maior, seus filhos e comparsas. A maioria cometidos cumprindo um plano sinistro, obedecendo a um roteiro de filme de terror para a instalação de um regime nazifascista no Brasil. E boa parte favorecendo empresários desonestos e outros facínoras, como os mineiros que estão matando índios e poluindo os rios da Amazônia.
Esperamos que um dia sejam todos julgados antes que possam deflagrar um conflito pior, interno ou externo. Não por uma CPI, mas por um novo Nuremberg. Sem direito a cápsulas de cianuretos que lhes permitam fugir da responsabilidade.
PRAIA FECHADA X SHOPPING ABERTO
Desde ontem tento entender porque decretos de governador e prefeitos para conter e covid fecham praias e mantêm shoppings abertos. Desisti de pedir explicações oficiais depois de me convencer que seriam as mesmas de infectologistas com os quais marquei consulta no Google.
Não apenas me convenci como aceitei em parte, em boa parte, que praia aberta favorece aglomeração que ajuda a contaminar tanto quem lá vende comida e bebida quanto quem vai para comer, beber, só tomar banho de sol e de mar ou apenas ficar na areia contemplando a paisagem.
Na minha cabeça, por ser ambiente a céu aberto – super, mega, hiper aberto – e de muito arejo inimigo de vírus, a praia seria lugar mais seguro para quem tem na praia sua única alternativa de lazer acessível, barato. Ou de sustento para os que lá trabalham, vendendo de cremosin a amendoim.
Já os shoppings… Reza a lenda que seguem rigidamente – e impõem a seus frequentadores – obediência aos protocolos sanitários de máscara a 100 por cento e álcool a 70. Tal cobrança, convenhamos, é praticamente impossível ser feita a banhistas e veranistas.
Outra lenda garante que shopping só lota 50 por cento de sua capacidade e apenas 30 por cento das mesas das praças de alimentação podem ser ocupadas. É, pode ser. Mas eu disse há pouco que aceitei apenas em parte, em boa parte, as explicações de especialistas e autoridades?
Pois é, só não fecho totalmente com a tese tanto do povo sabido como do povo esperto porque Potinho de Veneno, com quem conversei sobre o assunto, deixou-me um caminhão de pulgas nas orelhas. “Amigo, o rapaz do amendoim não tem o celular dos caras”, disse ele.
MAIS FLEX, MAIS MORTES
Frouxidão fatal – Perto de atingir 3 mil mortes e dona da maior taxa de contaminação por covid entre as capitais do Nordeste (1,39), em João Pessoa cada grupo de 100 infectados pode infectar mais 139. Mesmo assim, o prefeito Cícero Lucena prega maior flexibilização no novo decreto de restrições a ser baixado até sexta (18) pelo governador João Azevedo. “Para equilibrar funcionamento (leia-se abertura de atividades não essenciais) com distanciamento”, disse ontem (15), em entrevista.
Psicótico e ridículo – O secretário de Saúde de João Pessoa voltou a bombardear hoje (16) a CPI da Covid. Entrevistado ao vivo no Bom Dia Paraíba, da TV Cabo Branco, a artilharia bolsonarista de Fábio Rocha disparou os adjetivos ‘psicótico’ e ‘ridículo’ contra quem investiga o governo Bolsonaro por atrasar a vacinação. Sem atrasos, vacinas teriam salvado pelo menos 100 mil do meio milhão de brasileiros que a pandemia já matou.
Idosos salvos – Deu n’O Globo. Estudo do estatístico Rafael Izbicki, professor da Universidade Federal de São Carlos (SP), mostra que apenas entre maiores de 65 anos a vacinação contra o corona livrou 1.512 pessoas da morte no Rio. Além, evitou 3 mil internações, economizando R$ 210 milhões de gastos com hospital. Pesquisa usou dados sobre covid de 18 de janeiro (início da vacinação) a 14 de maio último.
Bandeira vermelha – É preciso esclarecer o seguinte: até onde entendi, não é a conta de luz (toda) que pode subir 20%, mas a taxa da bandeira tarifária (vermelha 2, este mês). Com isso, o adicional por cada 100 quilowatts-hora consumidos deve aumentar de R$ 6,243 para R$ 7,571 no próximo boleto. Segundo previsão de André Pepitone, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
- Com informações do blog Conversa de Política (Jornal da Paraíba), TV Cabo Branco, Estadão e O Globo
NOTÍCIAS DO BRASIL REAL
Prepare o bolso – Por falta de chuvas, de incentivo ao consumo eficiente e de expansão firme e forte do acesso a fontes de energia não poluentes e mais baratas (solar e eólica, principalmente), a conta de luz vai subir novamente. Serão R$ 6,243 para cada 100 kWh consumidos que virão no próximo boleto. Por essas e outras, a inflação deve passar de 6% ao ano quando julho chegar.
Cloroquina X Vacina – Estadão revela que emails trocados entre autoridades do Brasil e da Índia mostram o quanto Bolsonaro e equipe empenharam-se na compra de insumos para produzir cloroquina. Mensagens com tal objetivo foram respondidas em menos de 15 minutos ano passado. Bem diferente dos seis meses ou mais de ‘gelo’ que recebeu quem propôs ao governo vacina contra a covid.
Fiéis superfaturados – O deputado federal Domingos Nego (PSD-CE) distribuiu tratores e verbas aos aliados, aí incluídos mais de R$ 110 milhões para a prefeita Patrícia Aguiar. Que vem a ser a genitora do parlamentar, relator-geral do Orçamento 2020 da União e beneficiário do ‘orçamento secreto’, esquema que fidelizou ainda mais a base governista no Congresso. Suspeita, entre outras manhas e patranhas, de patrocinar compras superfaturadas de máquinas agrícolas.
Bolsa Covid – O governo deve turbinar o Bolsa Família em 2022, ano de eleição. Entre as novidades, pagar até R$ 250 por cada criança ou adolescente que perdeu os pais na pandemia. O Ministério da Economia calcula gastar R$ 196 milhões ano que vem com 68 mil órfãos. Se o cálculo levar em conta a perda de pai e mãe, só aí teremos 136 mil ‘CPFs cancelados’, como adoram dizer milicianos assassinos e admiradores quando debocham das vítimas dessa imensa mortociata de vidas e famílias em que se transformou o Brasil.
- Com informações dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo