Dias atrás li um texto do escritor Francisco Barreto que versava sobre uma das consequências da pandemia: “Já não somos os mesmos”. Concordo plenamente.
Abalou consideravelmente a vida nossa de cada dia – costumo parafrasear o escritor. O medo paira entre os sensíveis à praga. Praga perversa, transita insistentemente aguardando a hora do bote e fazer nova vítima. Finge desaparecer e ressurge sem pedir licença.
Chega travestida de variante X e gosta de esnobar os inferiores a ela. O seu poder brinca com os humanos. Os preocupados consigo e com os seus pares usam máscara, como forma de proteção mútua. Mas há, também, os que querem competir com quem é superior. Os fracos negam a hegemonia do vírus amaldiçoado e colaboram com a propagação de uma nova onda do mal.
Vacinas estão à disposição da sociedade, mas existe quem se oponha ao extermínio ou abrandamento daquele que nos persegue. A verdade é que o cotidiano mudou. Encontros com abraços calorosos se restringiram a toques dos dorsos de mãos. As viagens antes prazerosas se tornaram tensas. As relações foram duramente atingidas.
Jovens participam de festas aglomeradas sem pensar no amanhã. E seja o que Deus quiser! O refrão “a vida segue” se tornou comum. Entendo. Mas um pouco de cautela e bom senso faria diferença.
E a economia? Há meios de dar continuidade à economia sem necessidade do contato com o vírus. Vacina, máscara, distanciamento, higienização das mãos não constituem sacrifício ou dificuldade. Basta querer eliminar o contágio. Medidas simples para encolher a supremacia da mazela Covid.
Lamentavelmente, estamos órfãos de uma voz protetora. O cenário seria outro, caso estivéssemos acolhidos. Mandante demonstrando zelo pelos seus mandados é como um respeitado professor e seus obedientes alunos. Discípulos seguem as regras do mestre, do guia.
Concluo com um forte cansaço dessa malfadada Covid. O que fazer? Sonhar com dias melhores, sem medo de ser feliz.
MAL RECORRENTE | 14 junho, 2022 16:33
COVID CANSATIVA, por Babyne Gouvêa
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