Luiza Erundina, em foto publicada no change.org
Inspirada no caso Luiza Erundina, candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, começou a circular esta semana na Internet um abaixo-assinado dirigido às grandes redes de emissoras de rádio e tevê para que permitam, nos debates da campanha próxima, a participação de candidatos como a paraibana de Uiraúna. Deputada federal por um partido que não tem pelo menos nove filiados com mandato na Câmara Federal, muito provavelmente ela não terá condições de formar coligação que possa atingir aquele número de representantes.
“Queremos ver Erundina nos debates da TV!” é o apelo dos proponentes da coleta de assinaturas lançada no sítio chance.org. Argumentam que a exclusão de Erundina e outros candidatos de pequenos partidos é imposta por uma “nova lei eleitoral feita na escuridão pelo deputado Eduardo Cunha”, que “só garante o direito à presença nos debates aos candidatos de partidos e coligações que tenham a partir de nove representantes na Câmara dos Deputados”.
Os autores da campanha entendem que a lei desconsidera a efetiva representatividade de todos os candidatos e nega ao eleitor o direito de conhecer novas ideias ou ideias diferentes daqueles concorrentes vinculadas a siglas mais fortes, mais antigas ou tradicionais. “Existem outros pré-candidatos importantes, como Ricardo Young da Rede Sustentabilidade, sofrendo a mesma ameaça e para que eles também possam participar dos debates é muito simples: basta que os canais de tevê façam os convites, pois eles podem convidar todos os candidatos”, informam.
Segundo pesquisas de opinião formalmente registradas na Justiça Eleitoral, Erundina está em terceiro lugar nas intenções de voto para um cargo que já exerceu a partir de de 1999, depois de ter sida eleita pelo PT no ano ano anterior para se tornar a primeira mulher a governar a maior cidade da América Latina.