Bebês com microcefalia e outras deficiências poderão continuar em suas casas o tratamento de estimulação multissensorial que recebem em clínicas de fisioterapia. Dois projetos de pesquisa e extensão da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) vão tornar isso possível.
Oito alunos do curso de Fisioterapia da instituição estão integrando a oficina de confecção de 40 kits, que serão usados para que os bebês desenvolvam aparelho motor, visão, audição, linguagem, tato e inteligência. A previsão é que as coleções sejam entregues em até duas semanas aos familiares dos pacientes.
A coordenadora dos projetos que desenvolvem os kits, professora Eliane Nóbrega, explicou que a UEPB acompanha bebês com microcefalia há seis meses e atende outros meninos com deficiências semelhantes há cerca de 20 anos.
O deslocamento dos pais de bebês com microcefalia até as unidades de saúde tem sido relatado como um entrave para o tratamento. Dar essa assistência aos bebês em casa é um ganho.
Mais tempo para se desenvolver
“Como os bebês ficam mais tempo em casa, esses kits servirão para que sejam estimulados a maior parte do seu tempo. Já trabalhamos a fisioterapia respiratória, que é essencial para a estabilidade dessas crianças. Agora, com os kits, elas terão um processo de estimulação mais intenso”, afirmou a professora Eliane.
943 casos
O número de casos de microcefalia no Estado vem motivando o andamento dessas atividades na UEPB. Foram 943 notificações em 144 municípios, desde agosto de 2015, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-PB).
- Com informações da Assessoria de Comunicação da UEPB
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