• Por Fernando Moura
Há 15 anos, o último encontro. No casarão da Textoarte, na Praça Antenor Navarro, centro histórico de João Pessoa.
No micro estúdio da “Difusora Varadouro” (“Cem por cento de audiência… Na praça”), sob a batuta de Geo Moura e solo de Tasso Sorrentino, Belchior nos concederia uma demorada e descontraída entrevista, ainda inédita, onde falaria de música, vida e amigos, como Carlos Aranha e Gustavo Magno, presentes na foto, ao lado do também compositor Adeildo Vieira.
No registro (capturado por Iranildo, um dos colaboradores da editora), o saudoso menestrel manipula, com alegria, o último dos pandeiros de Jackson, enquanto manejo, com emoção, um reco-reco esculpido em bambu, pelo próprio rei do ritmo – objetos hoje em exposição permanente no Memorial Jackson do Pandeiro, em Alagoa Grande.
Vou ter que procurar a fita. Urgente!
Enquanto isso, bem que Noaldo Ribeiro poderia partilhar trechos das longas, alternadas e íntimas conversas travadas (e gravadas) entre ambos, por bares e palcos campinenses, a pretexto da montagem de uma biografia autorizada sobre o compositor cearense, falecido ontem, mas desaparecido artisticamente há um bom e nebuloso tempo.
Fica o que foi bem feito, grudado na alma, pendurado na parede da memória de sua arte imortal.
Infelizmente, achamos Belchior! Para sempre.
- Fernando Moura é jornalista, escritor e editor. Autor do livro ‘O Rei do Ritmo’, em parceria com Antônio Vicente Filho, sobre vida e obra de Jackson do Pandeiro
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