A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta a seguir sobre a febre amarela, doença que atinge algumas cidades do país, onde há fila de espera pela vacina, mas causa apreensão e corrida aos postos de vacinação em todos os estados brasileiros.
Com a epidemia de febre amarela em algumas cidades do país e a confirmação de casos isolados pelo Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) esclarece as principais dúvidas sobre a doença que é mais frequente em matas (ciclo silvestre), mas apenas em macacos. Considera-se o ser humano um hospedeiro acidental do vírus – o mosquito pica um macaco infectado e depois pica um humano não vacinado. Esse é considerado o ciclo silvestre da febre amarela.
“O grande risco é que se o hospedeiro humano (a pessoa que está com febre amarela) for picada pelo Aedes aegypti dentro da zona urbana, esse mosquito pode transmitir a febre amarela para outras pessoas dentro do município – ciclo urbano, quando deixa de existir apenas em matas). Atualmente a febre amarela está sendo considerada como ciclo silvestre e todas as pessoas que tiveram confirmação da doença foram por picada de mosquitos que contraíram a doença de macacos”, explica Lucas Gaspar Ribeiro, médico de família e comunidade, diretor da Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade, filiada à SBMFC.
Confira mitos e verdades da febre amarela
1. A febre é o principal sintoma. VERDADE. A febre amarela é considerada uma síndrome febril transmitida por mosquito. Assim, o principal sintoma dela é a febre que dura até sete dias. Associados à febre, o paciente apresenta alguns sintomas gerais e inespecíficos: calafrios, dores pelo corpo, dor de cabeça, dor nas costas, mal-estar, náuseas e vômitos.
2. A pessoa fica com a pele amarelada. VERDADE. O nome da febre é característico pois em torno de 15-25% dos pacientes ficam com a pele amarelada (icterícia).
3. Qualquer pessoa pode se vacinar. MITO. Atualmente, o Ministério da Saúde considera uma pessoa com vacinação completa após duas doses da vacina, sendo que é necessário haver um tempo de 10 anos entre as duas vacinas, exceto nas crianças que é com nove meses e quatro anos. Importante ressaltar que não são todas as cidades do Brasil que necessitam de vacina, apenas as que tem macacos com febre amarela ao redor (risco elevado da doença). A vacina, como todo medicamento, apresenta riscos à saúde, por isso existem suas indicações e contraindicações.
Com duas vacinas, a chance de ter febre amarela é muito pequena. Um ponto a se considerar é quem pode e quem não pode ser vacinado: crianças menores de seis meses e idosos acima dos 60 anos, gestantes e mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para estes grupos, levando em conta o risco de eventos adversos.
4. É possível prevenir. VERDADE. Porém, a única forma de prevenção é a vacinação contra o vírus da febre amarela. Outro ponto muito importante é o controle do vetor, que na zona urbana é o Aedes aegypti (o mesmo mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya).
5. Existe tratamento específico. MITO. Assim como a dengue, zika e chikungunya, inicialmente é oferecido suporte para dor e orientação de ingestão de bastante líquido. Caso haja piora dos sintomas, é necessária a internação e alguns casos inclusive são internados em UTI.
6. É contagiosa. MITO. A única forma de transmissão da febre amarela é pela picada do mosquito.
7. O diagnóstico está disponível em todo o Brasil. MITO. O diagnóstico é realizado por exame de sangue, mas que não é disponível em todos os lugares do Brasil, por ser um exame muito específico. Todavia, sempre que há o risco (é pensada nesse diagnóstico), é colhido exame e encaminhado ao laboratório para confirmar. Existem outros exames mais comuns com os quais é possível fazer o diagnóstico do quadro grave (problemas de coagulação, hepáticos e renais). O diagnóstico laboratorial não é obrigatório para o tratamento.
- Da RS Press, com Maxpress
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4 Respostas para Febre amarela: mitos e verdades
Arael, ainda temos aqui remanescentes de mata atlântica. Temos, a mata do buraquinho e a do amém. Agora, penso que negar vacina a quem tem direito é um absurdo. A retenção indevida e injustificável de vacina é um absurdo. Por essa e outras razões que a própria razão desconhece, é que a Paraíba numa atinge as metas da OMS e muito menos do Ministério da Saúde. Repito, o Municipio de João Pessoa está negligenciando. As autoridades estão negligenciando e o Prefeito é omisso.
Repercutindo matéria que circula na Internet: “Conta-se que no final de 2015, logo após a tragédia de Mariana, o finado André Ruschi, com um amigo, visitaram uma fazenda no município de Baixo Guanu, no Espírito Santo, que fica às margens do Rio Doce, para fazer uma análise do rio. André, então, fez a seguinte pergunta ao gerente da fazenda: ‘você tem ouvido os sapos?’. O bgerente respondeu que não. e então André retrucou: ‘então preparem-se para um surto de febre amarela, pois sem peixes e sapos é inevitável isso acontecer!’
Entenda-se. Há cerca de 2 anos, a lama do Rio Doce matou peixes que comiam as larvas e sapos que comiam os mosquitos que transmitem a febre amarela.
A culpa não é do macaco, mas sim do homem. (Fonte – Museu Mello Leitão)
Outra consideração: acabaram com a SUCAM, que combatia com eficiência, qualquer tipo de endemia, cujos serviços foram estadualizados ou municipalizados.
Aí estão os resultados.
Obs. – Os mais antigos devem lembrar das fiscalizações do que chamavam “mata mosquito” e da bandeira amarela que esses servidores colocavam nas portas das edificações onde estavam procedendo a fiscalização.
muito bom, teria que ter mais meios de comunicação divulgando, além da internet.
Exemplo: muitos usuários de outros meios de comunicação, não sabem das 2 doses da vacina da febre amarela.
Caro Rubens, temos o pior sistema de vigilância epidemiológica do Mundo, equiparando-se inclusive as republiquetas de banana da Ásia. O melhor remédio é a prevenção. Então, por que se nega vacina as crianças no nosso Estado, mesmo estando elas dentro da faixa etária. Porque somente as crianças que vão viajar – comprovadamente( exigência sem qualquer amparo legal), é que são vacinadas. Então, é preciso primeiro morrer gente, instalar-se o caos para depois se tomar as providências(!?). Por que se nega essa direito as nossas crianças !? Será que o mosquito retirou a Paraíba da sua rota. A Secretaria de Saúde do Municipio – Lactário da Torre, está negando esse Direito, negligenciando e mentindo para população, na medida em que divulga critérios irracionais e inaceitáveis.