Dona Nininha inspirou outro belíssimo suelto. Depois do jornalista Marcelo José, o descobridor da catadora de recicláveis do Cidade Verde, agora é o psicólogo Fabiano Moura de Moura quem escreve sobre a cidadã e vivente da Capital que é exemplo de dignidade e integridade. Adiante.
O nada de Dona Nininha se fez muito
Ali está Dona Nininha! Não no lixo que a deixaram. Tem uma vida limpa. Suas mãos não trazem o odor de quem tocou em algo impuro. A sua consciência tem brilho e seu coração preserva o perfume da honestidade.
Criou suas filhas catando lixo, tale e qual muitos brasileiros que sobrevivem entre os expurgos do poder. Em seu rosto há o sorriso sincero de quem venceu sem precisar tomar o que é dos outros. Veio do Sertão sem perder a esperança de um dia chegar.
Chegou! Que riqueza! Deve ter chorado muita vezes vasculhando nos restos o que resultasse em algum pedaço de comida. Fez-se perita na arte de reciclar. Recicla dor em vida. Combate o bom combate.
O nada de Dona Nininha se fez muito… Muito para um país de luxo para poucos e de lixo para muitos. Do que sobra da corrupção vivem muitas Nininhas, enquanto ratos de palácio fedem… E como fedem!
- Fabiano Moura de Moura
O Blog do Rubão publica anúncios Google, mas não controla esses anúncios nem esses anúncios controlam o Blog do Rubão.