A versão online do jornal O Estado de São Paulo publicou na manhã deste domingo (30) a informação de que na sexta-feira (28) o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prorrogação – até 2 de fevereiro de 2017 – do inquérito contra o ex-senador e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho.
A medida, prossegue o Estadão, foi tomada na quinta-feira (27) e tornada pública na sexta para atender a pedidos da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, que apuram se o ex-senador do PMDB da Paraíba teria atuado para blindar empreiteiros nas CPIs da Petrobrás no Senado e no Congresso, em 2014.
Naquele ano, lembra o jornal paulistano, “as duas comissões – uma no Senado e outra mista – foram presididas por Vital do Rêgo e não convocaram nenhum empresário das grandes construtoras para depor”, complementando que “a investigação sobre as suspeitas de que os parlamentares das duas comissões teriam cobrado propinas para proteger empresários são um desdobramento da Operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava Jato deflagrada em abril e que prendeu preventivamente o ex-senador Gim Argello (PTB-DF)”.
Argello encontra-se preso em Curitiba (PR), por ordem do juiz Sérgio Moro. O ex-parlamentar participou das duas comissões em 2014 e foi condenado no dia 13 deste mês a 19 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa por ter cobrado propina dos executivos, parte por meio de doação eleitoral à sua coligação em 2014, para blindá-los nas CPIs.
“As investigações apontam que Argello não foi o único parlamentar a ter cobrado propina dos empreiteiros, que já relataram à Justiça terem participado de reuniões em 2014 com a presença de Argello e Vital nas quais a estratégia para blindar os empreiteiros teria sido traçada”, acentua o Estadão.
Suspeita de Caixa 2
“No começo de outubro, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que teve o acordo de delação premiada suspenso, encaminhou à Justiça notas fiscais e comprovantes de transferências da empreiteira para a Construtora Planície, no interior da Paraíba, que, segundo ele, foram utilizadas para lavar R$ 1,5 milhão de caixa 2 para a campanha de Vital do Rêgo ao governo daquele Estado em 2014”, detalha o jornal.
“Segundo o empreiteiro, o valor repassado a Vital faz parte dos R$ 2,5 milhões que a OAS teria pago ao PMDB como parte do acerto com Vital e Argello para conseguir a proteção nas CPIs. Ao todo, R$ 1 milhão foram repassados pela OAS ao diretório nacional da sigla, via doação oficial registrada no Tribunal Superior Eleitoral. O restante teria sido destinado ao financiamento da campanha de Vital do Rêgo, ex-senador que acabou derrotado na disputa para o governo da Paraíba em 2014 e assumiu o cargo de ministro no TCU”, acrescenta.
Na prestação de contas de Vitalzinho à Justiça Eleitoral não consta doação recebida da Construtora Planície, que teria sede em Santa Rita, cidade da região metropolitana de João Pessoa.
O que diz o ministro
O Estadão registra que o ministro Vital do Rêgo Filho vem rechaçando as acusações, diz que nunca recebeu valores da Construtora Planície e, em nota divulgada quando vieram à tona as notas fiscais da da empresa, afirmou que “jamais negociou, com quem quer que seja,valores relacionados a doações ilícitas de campanhas eleitorais ou qualquer tipo de vantagem pessoal indevida”.
(com matéria assinada por Mateus Coutinho, Julia Affonso e Fausto Macedo n’O Estadão)
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2 Respostas para Teori prorroga inquérito da Lava Jato contra Vital Filho
*** Até quando os políticos vão usar o famigerado foro privilegiado para tentar escapar da Justiça ou procrastinar os processos até a prescrição. – http://www.florianomarques.com.br/site/#videos&id=18
A prisão desse “ministro” do TCU seria Vital para o Brasil e, sobretudo, para a democracia tão decantada e propalada pelos poderes constituídos da República. O TCU não mais deveria conviver com esta chaga que dia-a-dia macula sua imagem e coloca sob suspeita os seus membros, pois enquanto Senador da República o senhor Vital do Rêgo teria se utilizado de toda chicana com seus pares para obstruir a CPI da Petrobras. Como prêmio recebeu esta cadeira no Tribunal de Contas, com chancela de uma trupe de bandidos, camarilha de ladrões e horda de gangsters, o PT. PF NELE!