A advogada e professora universitária Laura Berquó (foto) anunciou hoje (1º) que por força de ordem da Justiça retirou do seu blog Epa Hey! vídeo em que acusa parentes e aliados do deputado Doda de Tião de formarem um bando em Queimadas para explodir bancos na Paraíba. “Tiro o vídeo, mas não me calo! Só se me matarem!”, diz, informando ainda que a determinação judicial atende a um pedido de Cláudio Lima, secretário de Segurança Pública do Estado.
Laura esclarece que sua denúncia, censurada por decisão da 2ª Vara Criminal de João Pessoa, aponta uma ‘armação’ entre a Secretaria dirigida por Cláudio Lima e a Gerência do Sistema Penitenciário da Paraíba (Gesipe). A ‘armação’ consistiu, segundo ela, em inviabilizar audiência na Capital na qual seriam ouvidos os acusados pelo assassinato de que foi vítima o jovem Sebastian Ribeiro Coutinho, de Queimadas.
Sebastian teria sido executado como “queima de arquivo”, por supostamente ter ouvido membros de uma gangue planejando assaltos a bancos para financiar campanhas eleitorais de políticos paraibanos. Os matadores do rapaz, presos em Campina Grande, não puderam ser conduzidos até João Pessoa porque por duas vezes a Gesipe teria alegado não dispor de viaturas para tanto.
A advogada atribui o denunciado boicote à oitiva dos pistoleiros que teriam matado Sebastian à amizade que existiria entre os “mandantes” do crime e um parente do governador do Estado. Ela aponta os “Tião e os Lucena de Queimadas” como os autores intelectuais da morte do jovem. Os Lucena seriam, inclusive, proprietários de uma granja naquele município frequentada também pelo secretário Cláudio Lima, que não teria se empenhado na linha de investigação que conduziria aos mandantes do homicídio.
“Retirei o vídeo daqui porque é o que determina a decisão judicial, mas tenho cópias para quem interessar. Vou apresentar exceção da verdade, defesa e depois eu vou voltar a publicar quando transitar em julgado a decisão. Viva a Ditadura Girassol e os explodidores de banco na Paraíba”, comunica Laura Berquó.
Nesse seu último post, a advogada também afirma que denunciou ao Ministério Público uso de dinheiro público na Paraíba para oprimir quem se bate contra a criminalidade. “Pagamos para sermos oprimidos, para assistirmos audiências serem sabotadas para proteção de criminosos com espaço na Assembleia Legislativa, em prefeituras do interior, mas que fazem parte da base do Governo do Estado”, declara.
No final do seu texto, Laura ironiza o Judiciário paraibano, que parabeniza por não fazer o Governo do Estado cumprir decisões judiciais. E renova sua disponibilidade para atender aos interessados no seu vídeo. “Quem quiser cópia eu tenho”, oferece, ela que é advogada da mãe de Sebastian Ribeiro.
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