O Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB) está seriamente ameaçado por falta de verbas, de orçamento e de um mínimo de servidores que viabilizem atividades e sua missão institucional. Atual presidente do órgão, a assistente social Guiany Campos Coutinho está pedindo publicamente ao governador do Estado uma audiência para apresentar reivindicações visando à salvação do Conselho.
O pedido consta do documento reproduzido abaixo. Firmado na terça-feira (4) e divulgado hoje (7), o apelo da presidente e dos atuais conselheiros conta com o apoio de todos os antecessores de Guiany, sob o título ‘Posicionamento público da Presidente e dos ex-Presidentes do Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB)’.
A NOTA DO CONSELHO
- Posicionamento público da Presidente e dos ex-Presidentes do Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB)
Criado pela Lei Estadual nº 5.551, de 14.01.1992, primeiro do gênero em funcionamento no Brasil, o Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB) inseriu-se no contexto das inovações resultantes da Constituição Cidadã de 1988, incorporando a sociedade civil na definição de políticas públicas e na sua fiscalização.
Ao CEDH compete propor as diretrizes da Política de Direitos Humanos no Estado, elaborando o respectivo plano estadual; avaliar a sua implementação pelos órgãos governamentais; acompanhar o funcionamento da administração pública, especialmente nos setores afetos à justiça, segurança pública e defesa social, zelando pelo respeito aos direitos individuais, sociais e políticos assegurados na Carta Magna.
Compete ao Conselho, também, promover a cultura de direitos humanos mediante realização de cursos, seminários e estudos sobre a matéria, entre outras relevantes atribuições.
Os integrantes do CEDH exercem suas atividades como conselheiros, a título honorífico, sem remuneração, tendo a satisfação de contribuir para promover o respeito aos direitos fundamentais, pilares do regime democrático. O Estado da Paraíba não tem, contudo, garantido ao órgão os recursos necessários nem profissionais qualificados que atendam necessidades e permita ao Conselho cumprir suas funções.
Não há dotações orçamentárias, regulares e periódicas, destinadas ao Conselho, inviabilizando o exercício de algumas de suas atribuições e fazendo com que outras só possam ser exercidas intermitentemente e em caráter precário.
O regime democrático, com a recente eleição do novo Presidente, enfrentará desafio ainda maior para assegurar o respeito aos direitos humanos.
Nessa hora grave, os atuais e ex-dirigentes do CEDH têm plena consciência das dificuldades que deverão ser enfrentadas. Por isso, vêm solicitar ao Governador do Estado audiência para que Sua Excelência possa ouvir preocupações, sugestões e reivindicações e assim tomar decisões que viabilizem o funcionamento do Conselho Estadual da Direitos Humanos da Paraíba.
João Pessoa, 4 de novembro de 2018.
Guiany Campos Coutinho, Presidente
Subscrevem
- Rubens Pinto Lyra, Professor Emérito da UFPB
- Luciano Mariz Maia, Vice-Procurador Geral da República
- Maria de Nazaré Tavares Zenaide, Professora Associada da UFPB
- Noaldo Belo de Meireles, Advogado
- Duciran Farena, Procurador Regional da República
- José Isidro da Silva, Advogado
- Padre Bosco Francisco do Nascimento
O Blog do Rubão publica anúncios Google, mas não controla esses anúncios nem esses anúncios controlam o Blog do Rubão.
Uma resposta para Conselho de Direitos Humanos agoniza na Paraíba
Gostaria que vocês dessem o apoio necessário ao policial que nada fez e foi brutalmente assassinado em praça pública pelos bandidos que vocês estão defendendo … Direitos humanos … Vão morar na Indonésia!!!!!
Defendam os policiais e os filhos deles!!!!