GAÚCHOS PARAIBANOS, por Arael Costa

(Foto: Fernando Caldeira/Ilustração)

Em tempos recentes, saindo de minha residência, em João Pessoa, deparei-me com um carroceiro a despejar entulho, provavelmente originário de alguma reforma predial executada pelas proximidades, em um terreno baldio fronteiro ao prédio onde moro.

Imbuído de justa repulsa a isto e considerando que estávamos muito próximos de uma base do Rotam da Polícia Militar, achei por bem pedir a intervenção dos militares que a integram para coibir esse abuso, que, segundo sei, é considerado um ilícito penal que por sua natureza é considerado crime (contravenção) de ação pública, obrigando-se a autoridade que dele tomar ciência adotar as providências para sua apuração ou restrição.

Embora bem recebido pelos poucos, pouquíssimos, militares ali presentes, recebi logo uma forte dose de burocracia, primeiro com a resposta dos que me atenderam de que esse assunto competia à Prefeitura e depois, face a minha insistência por uma ação rápida e uma troca inócua de mensagens radiofônicas entre aquela unidade e a central de operações, a orientação para fazer uma solicitação de intervenção via telefone, canais competentes.

Sai desse encontro fortemente frustrado, pela decepção de como cidadão solicitar uma interveniência do poder público em benefício da comunidade e vê-la desatendida.

Todavia, essa frustração logo dissipou-se quando lembrei do poema “O gaúcho”, de Ascenso Ferreira, e ousei plagiá-lo, pensando:

Acelerando motores!

Soando sirenes!

Piscando faróis!

Saem de seus pagos em louca corrida!

– Pra que?

– Pra nada!

Imagine, caro amigo, se estivesse pedindo socorro para um passante assaltado ou esfaqueado!!!

  • Arael Costa é jornalista e professor aposentado da UFPB
É BOM ESCLARECER
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Uma resposta para GAÚCHOS PARAIBANOS, por Arael Costa

  1. Jair Cesar Miranda Coelho escreveu:

    Comandante Arael Costa. Um abraço meu bom amigo. Já não se faz segurança publica como antes. infelizmente.