Ivanildo Viana (Foto: Facebook/Reprodução)

O que está faltando à Polícia para prender e divulgar o nome do mandante da morte de Ivanildo Viana? Ou a pergunta correta seria: o que está impedindo a Polícia de prender e divulgar quem encomendou o assassinato do radialista, se o próprio Ricardo Coutinho deu a entender que seria um figurão o autor intelectual do crime?

Pelo visto, o nome do suspeito – ou acusado – já é do conhecimento do governador. Em entrevista à rádio Arapuan FM de João Pessoa, na quinta-feira passada (31 de agosto), referindo-se ao Caso Ivanildo Viana ele garantiu que sob o seu comando “a Polícia age, seja o sobrenome que for”. A frase abre possibilidades várias, inclusive a de que o “figurão” seria um aliado do governante, versão mais bem cotada na Bolsa de Apostas do Ponto de Cem Réis.

Quanto à motivação para o crime, especulações igualmente oriundas de bastidores dão verossimilhança à história de que Ivanildo teria sido executado por ter ameaçado entregar nebuloso esquema de financiamento de campanha eleitoral com recursos de origem ilícita. Campanha de um candidato a deputado federal ou estadual da qual a vítima teria participado. Em cidade da Grande João Pessoa.

Ivanildo Viana foi assassinado a tiros no dia 27 de fevereiro de 2015, no quilômetro 80 da BR-101 em Santa Rita, município da Região Metropolitana da Capital, por onde trafegava pilotando uma moto. De acordo com a Polícia Civil, a morte do radialista foi contratada por R$ 75 mil a um bando do qual fariam parte sete pessoas, entre elas três ex-policiais militares.

O desvendamento parcial do caso foi anunciado na terça-feira passada (29 de agosto) pelo delegado de Polícia Civil Carlos Othon, de Santa Rita. Na ocasião, em entrevista coletiva, policiais que participaram da prisão do grupo suspeito disseram que ainda não conheciam o motivo do crime e o mandante. Nem adiantariam suspeitas. “Para não atrapalhar as investigações”. Como sempre.