O Instituto Nacional do Semiárido (Insa), de Campina Grande, anunciou nesta quarta-feira (3) ter comprovado através de pesquisa científica a viabilidade do reúso da água de esgoto doméstico como adubo líquido, tanto para melhorar a fertilidade do solo em zonas semiáridas como para diminuir o estresse hídrico e restaurar áreas degradadas nas regiões mais castigadas pela seca.
O estudo, iniciado em 2012, foi apresentado recentemente em dissertação de mestrado defendida pela pesquisadora do Insa Vanessa Gomes no Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba, Campus de Areia. A pesquisa, desenvolvida na própria UFPB, consistiu em irrigar durante 17 meses, por gotejamento com água residuária, espécies madeireiras da caatinga.
“As análises de nutrientes indicaram que depois das amostras de solos serem irrigadas por 17 meses o valor de matéria orgânica saltou de 2.11 gramas por quilograma para 16.32 gramas por quilograma – um aumento de cerca de 800% de matéria orgânica do solo”, afirma a pesquisadora em sua dissertação.
Texto divulgado pela Assessoria de Comunicação do Insa informa também aumento significativo no teor de fósforo do solo irrigado no experimento. “O teor de fósforo cresceu de 2.33 grama por quilograma para 19.12 grama por quilograma”, acrescenta, referindo-se ainda a um substancial aumento de nitrogênio, cálcio e magnésio e à diminuição dos níveis de alumínio no terreno que recebeu a água de esgoto.
(com Ermaela Cícera Freire, da Ascom/Insa)
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