Trabalhadores da Cagepa ameaçam nova greve (Foto: Patosonline)

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb) anunciou nesta quarta-feira (3) que os trabalhadores da Cagepa (Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba), em campanha salarial desde abril, “ameaçam paralisar atividades nos próximos dias, caso não haja avanço nas negociações com a empresa”. O impasse, que entra pelo quarto mês seguido, seria parte de uma estratégia para retirar e flexibilizar direitos dos empregados e na sequência vender pelo menos 25% da empresa à iniciativa privada, denuncia a entidade.

Em nota distribuída na manhã de hoje, o Stiupb diz que “o presidente da Cagepa, Marcus Vinicius, chegou a declarar, em mesa de negociação com o sindicato, a intenção em entregar 25% da empresa para a iniciativa privada”. Ontem, em outro texto de sua Assessoria de Imprensa, o Sindicato atribuiu a Marcus Vinicius a seguinte afirmação: “Obrigatoriamente nós temos que entregar 25% da empresa à iniciativa privada, no máximo em dois anos”. A intenção, teria complementado o executivo, é “transformar a Cagepa numa empresa mais competitiva”.

Cagepa não responde

O blog solicitou desde 8h19 de ontem um posicionamento da Cagepa sobre as informações repassadas pelo Stiupb. O pedido foi encaminhado através da Assessoria de Imprensa da companhia, mas, 24 horas depois, apenas o silêncio como resposta sobre o assunto. Que é do interesse de toda a população paraibana. Não diz respeito apenas à direção de uma estatal ou a um sindicato. Inclusive porque, como diz Adriano Teixeira, presidente em exercício da entidade, além de empregos e direitos a privatização deve prejudica também “a prestação de um serviço de qualidade à população no Estado”.

O Sindicato explica que a empresa propôs um reajuste salarial de 9,83%, parcelado em quatro vezes. Reagindo ao que considera uma ‘proposta indecente’, o Stiup promete lotar as dependências da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) na tarde de hoje, a partir das 14h, quando deverá ocorrer a terceira mesa de negociações entre patrões e empregados. Logo após, assembleia para discutir mobilização visando a uma greve na Cagepa, caso as partes não cheguem a um acordo mediado pelo representação estadual do Ministério do Trabalho.