Dados divulgados hoje (23) pela Universidade Estadual da Paraíba revelam que em duas greves de professores e funcionários entre os anos de 2013 a 2016 a instituição perdeu nada menos que 15.128 alunos. Os estudantes se desligaram “motivados, especialmente, pela indefinição com relação a quando iriam conseguir concluir seus cursos”, segundo a UEPB.
O dado consta de pesquisa sobre evasão estudantil realizada pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Universidade, de onde se extrai também que, em média, 20% dos alunos matriculados têm cancelado suas matrículas e migrado para outras universidades “com maior estabilidade no que diz respeito ao cumprimento do período letivo se interrupção das aulas”, acrescenta nota publicada no portal da UEPB.
O professor Eli Brandão, pró-reitor de Graduação, lembra que em 2013, ano de greve, foram 3.471 estudantes que saíram da Universidade. “Já em 2015, ano de nova greve e por longo tempo, esse número aumentou para 4.288 alunos solicitando cancelamento de sua matrícula. A perspectiva é de que, ao fecharmos 2017, teremos um número ainda maior de evasão”, lamenta o dirigente universitário.
Ele mostra que os calouros de 2013 somente deverão concluir seus cursos dois anos além do previsto. Significa que vão demorar mais para entrar no mercado de trabalho e, consequentemente, “seguirem seu planejamento de vida e crescimento profissional”. O pró-reitor confessa que em razão da greve atual, deflagrada sem que o segundo período letivo de 2016 tenha sido concluído, “não há garantias de quando irá ser iniciado e concluído o período 2017/1”.
Outro problema decorrente da greve em andamento, destacado por Eli Brandão: vai começar o Sisu II, com a entrada regular em agosto, e a entrada do 2017.1 na UEPB ainda nem começou; sem definição de quando vai começar, cada vez mais alunos aprovados no último Enem para iniciar curso superior este ano estão pedindo cancelamento de sua matrícula e procurando outra instituição para estudar.
O levantamento da Prograd mostra que a evasão na UEPB é significativa também nos seus cursos técnicos, na Escola Agrotécnica do Cajueiro, em Catolé do Rocha (perda de 24% somente este ano, ou seja, 39 alunos desligados) e na Escola Agrícola Assis Chateaubriand (EAAC), em Lagoa Seca, onde o desligamento chega a 40%, segundo o diretor José Félix de Brito Neto.
- Com informações e texto da Assessoria de Comunicação da UEPB
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