Deve ter gente na Paraíba muito feliz com a provável absolvição da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre essas pessoas certamente encontram-se partidários, seguidores e admiradores do governador Ricardo Coutinho (PSB), agora obviamente contemplado com o freio à “sanha cassadora” que o inacreditável Gilmar Mendes impôs à Justiça Eleitoral.
Alvo de pelo menos quatro ações de investigação judicial eleitoral (aije) com potencial para cassar-lhe o mandato, Ricardo Coutinho deve ter quadruplicado a sua confiança na própria absolvição nos últimos três dias, período em que certamente acompanhou ou se manteve informado sobre o correr da luta e do julgamento de Dilma e Temer no TSE. Desde a primeira sessão, imagino que ficou claro para ele e a torcida que os juízes de Brasília não terão, doravante, ‘moral’ para destituir mais ninguém.
Tudo graças ao inexcedível Gilmar Mendes, que cuidou de manter ativo, positivo e operante o processo do PSDB contra Dilma-Temer. Mantendo-o como reserva estratégica e alternativa ao impeachment da presidente eleita em 2014, caso os Cunha do Congresso não lograssem êxito no golpe de 2016. Desde quando assumiu cadeira de titular do TSE, em maio de 2015, o atual presidente da Corte pelo visto não fez outra coisa a não ser lutar bravamente para evitar o arquivamento da ação tucana contra os vitoriosos da última eleição presidencial.
Na época, Sua Excelência alegava que o TSE deveria aguardar fatos novos produzidos pela Lava Jato para vitaminar as acusações do PSDB contra Dilma e Temer, acusações que segundo viria revelar depois o derrotado Aécio Neves foram ajuizadas tão somente “para encher o saco”. Não deu, contudo, para combinar esse jogo com todos os delatores. Aí vieram Odebrecht, JBS e revelações que não só comprometem como ameaçam a permanência no poder do homem a quem o insuperável Gilmar Mendes parece devotar agrados, conselhos e assessoramento jurídicos.
Por conta de tamanha reviravolta em expectativas e perspectivas em torno do processo cassador em apreciação pelo TSE, Gilmar Mendes mudou radicalmente de opinião, de estratégia e ação. Agora, governadores feito Ricardo Coutinho, até então ameaçados de perder mandato, poder e elegibilidade, talvez nem precisem mais ‘trabalhar’ tanto para manter nas gavetas dos TRE’s os processos que lhes ameaçam o cargo pelo que fizeram ou deixaram de fazer em 2014.
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Uma resposta para Absolvição de Dilma-Temer no TSE afasta ameaça de cassação de Ricardo Coutinho
Para eles é um processo tecnicamente correto, segundo as normas do direito, mas vergonhosamente injusto.Nada adiantou o trabalho longo e brilhante do paraibano relator, pois as cartas já estavam marcadas. A bandalheira nas eleições são claras e evidentes, principalmente no caso da chapa Dilma-Temer, como também aqui na PB. É por essas e outras que a justiça, de um modo geral, está cada vez mais distante dos anseios da sociedade. Como diria aquele apresentador: “isto é uma vergonha”. E esse Gilmar Mendes já deveria ser expulso dos nossos tribunais superiores, sempre declaradamente tendenciosos nas suas decisões e colocações..