Escolas de JP e Campina em alerta contra livro que traz história do rei que queria casar com a filha

José Mauro Brant, autor do livro “Enquanto o sono não vem” (Foto: Reprodução/G1ES/ Facebook)

A Prefeitura de João Pessoa não tem conhecimento de que suas escolas tenham recebido o livro ‘Enquanto o sono não vem’, que contém a polêmica história do rei que queria casar com uma de suas três filhas.

A obra, distribuída no mês passado para educandários de ensino fundamental de todo o país pelo Ministério da Educação, causou forte reação entre professores e pais de alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental.

A informação sobre o posicionamento da PMJP diante da questão foi repassada ao blog na tarde de hoje (8) pela Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Educação, acrescentando apenas que “o Mec começou a recolher mais de 90 mil exemplares”.

Por sua vez, também procurada para se manifestar sobre o assunto, a Prefeitura de Campina Grande informou que a sua Secretaria de Educação já tomou providências para que o livro, se chegar a alguma das escolas municipais, seja imediatamente recolhido.

A professora Iolanda Barbosa, secretária de Educação da PMCG, “encaminhou mensagem aos gestores escolares orientando para que, caso chegue essa literatura nas respectivas unidades, já que vem direto do MEC para escola, não distribuir para leitura e entregá-la na sede da Seduc, onde o livro será avaliado por uma equipe de especialistas em literatura infantil e paradidáticos”.

O que diz o autor

Segundo publicou o portal G1-ES na sexta-feira passada (2), o autor do livro, José Mario Brant, escritor e contador de histórias, “foi surpreendido com as reclamações dos professores capixabas” (que iniciaram a reação à obra).

“Ele explica que conta a história há 25 anos e que o livro já foi publicado há mais de 15 anos”, complementa o G1, lembrando que o livro foi publicado sob o selo da Editora Rocco e faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).

O Mec, por seu turno, culpa a gestão anterior (governo Dilma) pelo processo de seleção e avaliação, realizado e publicado em 2014. Garante que está revendo o processo, que coube à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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