
Recorte de ‘A Adoração dos Reis Magos’, pintura a óleo do flamengo Peter Paul Rubens, datada de 1609
‘O Poderoso Galdino’, produção genuinamente paraibana de cenas antológicas locadas em Pocinhos e João Pessoa, tem tudo para garantir desde já, para a imprensa paraibana, o Oscar de Melhor Passada de Pano de 2025.
O troféu pode ser creditado à performance de 99% dos analistas e equilibristas com diploma, registro ou crachá de jornalista que enaltecem poderio e ‘estratégias’ com que o presidente da Assembleia Legislativa deve presentear uma filha com o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado.
Existe, contudo, uma pequena chance de tal nomeação não se consumar, em sintonia com as manifestações de repúdio, revolta ou perplexidade que se avolumam em redes sociais e nos canais de mídia sem mecanismos de contenção da opinião pública. Vamos a ela…
A única possibilidade de conter ‘O poderoso Galdino’ dependeria de o Ministério Público da Paraíba ingressar com ação civil pública ou alguém do comum dos mortais ajuizar uma ação popular contra o ato.
Sob qualquer hipótese, uma ação com tal propósito pode perfeitamente basear-se no único esforço de jornalismo que li até aqui sobre possível falta de títulos, experiência e competência profissional da ungida para ocupar cadeira e gabinete no TCE.
A honrosa exceção que me alegra encontra-se no artigo ‘Indicada ao TCE, filha de Galdino não tem OAB e era comissionada do Estado” (clique aqui para ler), publicado ontem (17) pelo Jornal da Paraíba online no blog Conversa Política. O texto é de Angélica Nunes.
Por enquanto, e até onde li, vi ou ouvi, ela figura como solitária componente do 1% que certamente não é vagabundo e mais seguramente ainda não será convidado para a festa da família Galdino, à qual aqueles 99% deverão comparecer carregados de ouro, mirra e incenso.
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