Imagem meramente ilustrativa
Minha mãe gostava de contar a nós, seus filhos menores, estórias engraçadas que continham em seu bojo verdadeiras lições de vida, embora ainda não pudéssemos chegar ao cerne da questão, por ainda estarmos com a inteligência em desenvolvimento.
As peripécias internacionais e nacionais dos dias atuais me fazem lembrar de um daqueles contos ouvidos na infância e, agora sim, já com a inteligência amadurecida poder ir lá no fundo e verificar o que estava escondido, o que antes era impossível observar e discernir. E minha Mãe narrava…
Dois homens conversavam, sentados num banco de uma praça de certa cidade do interior, sobre o que mais gostavam de fazer. Um deles dizia que ainda iria caçar a onça que estava a aterrorizar a vizinhança. O outro, invejoso por natureza, zombava do companheiro e a cada passo da conversa de seu amigo, impunha-lhe ou criava-lhe uma dificuldade impossível de ser contornada. Dizia:
– Tenha cuidado amigo, esta onça é feroz e poderá lhe matar!
– Para isto eu tenho uma boa arma, respondia o caçador!
– E se arma falhar e não disparar?
– Bom, neste caso, eu tenho um bom par de pernas e me porei a correr!
– Só que a onça é mais ágil e corre mais que tu!
– Em todo caso, subirei numa árvore!
– E se a onça cavar e derrubar a árvore?
Em junho de 2010, o Conselho de Segurança da ONU elaborou uma proposta ao Irã no tocante ao seu programa nuclear. Ou o País dos Aiatolás aceitava as normas impostas pelo CSO ou este Conselho aplicaria severas sanções à Nação Iraniana, incluindo aí, não só o isolamento político-econômico como, se fosse o caso, possível retaliação bélica.
Nenhum Ser Humano, por mais humilde que seja ou pareça, aceita ameaças ou imposições contra si, mesmo que não esteja cumprindo as normas legais de vida. Uma Nação é a representação de um Povo, um Todo de Seres Humanos e como tal também não é afeita a aceitar normas que lhe são impostas, pois aí prevalece o orgulho próprio natural. O diálogo, neste caso, é o essencial, é a mola mestra que poderá resolver quase todo impasse.
Luís Inácio da Silva Lula, o metalúrgico, o sem dedo, o analfabeto, o pobretão, o apedeuta, o pinguço, o ousado (não no verdadeiro sentido, mas como metido), o tirano, o megalomaníaco e um sem números destes adjetivos impostos por uma súcia, mostrou, na época, àquela Casta idiotizada que aquelas pejorações iam de encontro ao que a prática mostrava ao Mundo a seu respeito.
A Teoria infame foi vencida no dia a dia por este Ser Humano brioso que, até hoje, procura com denodo a busca pela igualdade social entre os Povos, em particular, por sua gente, por seus patrícios. A frondosa árvore da injustiça político-social-econômica, plantada em 22 de abril de 1500, após 503 anos de produção de maus frutos começou a ter seus galhos ceifados a partir de 2003.
A poda foi grande, acontece que plantada há cinco séculos, a árvore da injustiça tem suas raízes profundas e não iria ser de um dia para outro, ou mesmo de um mandato para outro, que se poderiam arrancar os males que dizimam as classes mais oprimidas há meio milênio.
Pois bem, Lula com sua política voltada principalmente para a Paz achou, naqueles idos, de ser o mediador, ser o mensageiro capaz de fazer entender aos litigantes que com um bom diálogo poderia se estabelecer um entendimento.
Segundo a ótica estadunidense com condução aos membros do Conselho, o Irã enriquecia o Urânio não com a finalidade de desenvolvimento científico em seu País, mas com um pensamento bélico, com fins militares, para fabricação da bomba atômica, daí as propostas sugeridas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Foram exatamente estas propostas da ONU, as levadas ao Presidente Iraniano por Lula sem acréscimo ou decréscimo de item algum, ou seja, o Irã enviaria para Turquia 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3% para receber, após um ano, 120 quilos deste mesmo urânio enriquecido a 20% para alimentarem o seu reator de pesquisas científicas, com a fiscalização de membros da Agencia Internacional de Energia Atômica na Turquia.
É sabido pela Comunidade Científica que o Urânio enriquecido acima dos 20% é o início da fabricação de armas nucleares como a bomba atômica. Assim, façamos um parêntese neste enredo e vamos procurar analisar calmamente o que acontece em redor de nosso Planeta.
Segundo o próprio Estados Unidos, o País possuía em 1967 mais de 31 mil armas nucleares, então num gesto altruístico (e bote altruísmo nisso, parece até filme de ficção) o País reduziu o seu arsenal em torno de 84%, passando a possuir em torno de 5.113 ogivas nucleares ativas. Que gesto! Como são pacíficos! Esqueceram um pequeno detalhe: com apenas 100 destas ogivas detonadas, o Mundo vira Pó, só isso!
O anúncio foi feito durante a reunião do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), na sede da ONU em Nova York, num gesto de boa vontade e de bom exemplo dos moços ali do Norte de nosso Continente. Ah, tem outro detalhe, também! 4.600 destas armas desativadas até o presente momento não foram desmontadas.
Para nós leigos, é como se tirassem as balas de muitos revólveres para quando houver necessidade, recarregá-los. Por outro lado, dentro desta estatística estadunidense não estavam computadas as armas que “enfeitam” os submarinos nucleares, os navios de guerra espalhados pelos Oceanos, as ogivas instaladas em seis países europeus, sob sigilo, etc. e tal. Beleza!
Vejam o resumo da ópera, naquela ocasião.
A Rússia? Ah, o País da Vodca aparecia apenas com 5.000 ogivas operacionais, pouco, hein? A França, caladinha, no seu arsenal apenas 350 ogivas operacionais. A Grã Bretanha arquivava 200 ogivas operacionais, a China em torno de 210, Paquistão brincava com 60, Índia se divertia, também, com 60 ogivas, a Coreia do Norte olhava esta turma aí acima com suas 10. E Israel? Ganha um chocolate quem souber!
Há vários artigos sobre o assunto que dão conta ser o Estado Sionista possuidor de mais de 500 ogivas, naquela época, além de um portentoso e sofisticado sistema de lançamento. Se algum curioso ou pesquisador quiser saber mais sobre o ameaçador estado de Israel, leia o artigo de John Steinback no site abaixo, que mostra desde há muito, a corrida armamentista de Israel -http://www.globalresearch.ca/index.php?context=viewArticle&code=STE20070107&articleId=4365
Toda esta turma citada acima que se diverte com a fabricação de armas nucleares faz parte de um conselho ou Tratado sobre a Não proliferação de Armas Atômicas, que tem como expoentes máximos Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China, segundo estatísticas, possuindo 90% das armas nucleares. Verdade? O restante é distribuído com Índia, Paquistão, Coréia do Norte e Israel que pouco se lixam para o que sai de tal conselho.
Agora vamos ao engraçado da estória. Índia e Paquistão são detentores de armas atômicas. São inimigos desde a independência da Região que estava sob o domínio da Coroa Britânica até que Gandhi a libertou. Após a morte do grande Líder, seus seguidores mais próximos não se entenderam e foi feita a separação com a criação do Paquistão e da Índia. Acontece que um Estado, que fica entra as duas, a Caxemira, é desejado pelos dois vizinhos, ambos, como já mostramos, detentores de potente arsenal nuclear de alto poder de destruição em massa e que, duas a três vezes no ano, vivem mostrando forças, tornando-se um sério perigo à Paz Mundial.
Israel vive as turras com seus vizinhos, ditando as normas que bem entende, sob o aval dos Estados Unidos, lá na Palestina e inclusive vive insuflando estadunidenses a invadirem o Irã.
Então vem a pergunta. Porque Países de ação bélica como o próprio Estados Unidos, Israel, podem ter artefatos nucleares e outros Países, não? Porque Grã Bretanha, França, Rússia, China, Paquistão, Índia podem estar armados a vida inteira e outras Nações, não?
Eles, armados até os dentes, estão nos chamando de irresponsáveis, claro, se aquelas Nações podem ter armas atômicas é porque o restante do Mundo é incapaz de possuí-las! É um argumento lógico! E eu faço até um argumento ao contrário: por que a maioria de Países no Mundo não tem armas e Eles têm? Com isto quero dizer que grande maioria da Comunidade Internacional quer ver um Mundo sem artefatos capazes de destruí-lo, consequentemente, contrários à Paz.
Mas o que está em jogo é a ambição, é o desejo mórbido do domínio. Como um País vive apregoando que quer um Mundo Livre e se esconde por trás de um arsenal capaz de destruir este mesmo Mundo em questão de segundos?
Parece-me que ainda está em voga uma das tantas máximas militares de Publius Flavius Vegetius, segundo alguns historiadores, um escritor de táticas militares e bajulador emérito do imperador Teodósio: – Civis Pacem Parabellum – Se queres a Paz, prepara a Guerra. No Seminário, quando nós estudávamos o cidadão, fazíamos troça da oração – os civis partem para a luta com parabelo.
Com efeito, os Estados Unidos aqui no Ocidente e seu espelho, Israel, lá no Oriente acham-se como o Irmão mais velho, o mais responsável, o mais experiente, logo, aquele que tem o direito de ser o dono do Mundo.
O Mundo inteiro se compadeceu do povo Judeu quando um maluco sanguinário quis destruí-lo, na Segunda Grande Guerra. Outro, no ano 70 de nossa era, já havia tentado a sua destruição, o Imperador Tito quando provocou a diáspora, a dispersão do povo hebreu pelo mundo.
Terminada a Segunda Grande Guerra, quase todas as Nações Ocidentais se rejubilaram com a volta dos Israelitas ao seu antigo território.
Acontece que a Palestina era terra, também, de outro povo, razão de um entendimento, chamado Resolução de Partilha em que Israel ocuparia 53% do Território. E que fez Israel ou o que faz? Hoje, o povo Judeu já domina 75% da outrora Palestina, ou seja, ultrapassou em 22% o que foi estabelecido na Resolução.
O Iraque era suspeito de possuir armas de destruição em massa. Ficou comprovado que nada havia lá nas Terras das Mil e Uma Noites, mas assim mesmo foi invadido e os pretextos todos nós sabemos quais eram, o domínio de seu Petróleo. Hoje a Nação vive arrasada com constantes atos terroristas a dizimar inocentes.
Então, este filme é mais antigo que a criação do cinema!
Como citei em trechos atrás, havia o pretexto do enriquecimento do Urânio para fins bélicos por parte do Irã. A Diplomacia de muitos Países, ditos Importantes, falhou no diálogo com o Governo Iraniano. O Brasil e a Turquia diplomaticamente conseguiram o que o mundo pacífico desejava, a compreensão do Irã assinando aquela Resolução feita pela ONU.
Lula partiu para caçar a onça! A estória, contada nos primeiros parágrafos desta matéria, é exposta no momento com outras palavras. E se o Irã não cumprir o que assinou? E se Ele continuar enriquecendo Urânio? E se blá, blá, blá….? Para que tanta hipocrisia? Respeitem o que foi acatado pela Nação Iraniana com a intermediação Turco-Brasileira!
Aqui, no Brasil, discursos foram preparados com antecedência para fazer galhofas do Presidente, para zombarem do que chamavam de sonhos, todos antevendo o seu fracasso.
Chamar isto que reside aí no Congresso de OPOSIÇÂO é mais que ridículo. Uma OPOSIÇÃO verdadeiramente em termos democráticos é aquela que deve se opor as coisas más de um Governo, que deve fiscalizar e analisar com inteligência projetos governamentais, retirando o que não é de serventia à população, acrescentando o que pode favorecer o Progresso de Uma Nação, etc., etc.
No caso como o que vimos, todo o País deveria se rejubilar pelo feito histórico de seu Presidente perante a Comunidade Internacional, todos irmanados, inclusive aqueles que foram eleitos para compor uma Real Democracia, SITUAÇÃO e OPOSIÇÂO. E o que vimos? Coisas mesquinhas, politiqueiras! Senadores achando que a ação de Lula foi uma palhaçada! Outros, não querendo ser tão explícitos em seus pobres pensamentos, falando do alto da Tribuna que só acreditavam no êxito da missão depois que os Estados Unidos se pronunciassem.
Finalmente, podemos ver que a fúria de boa parte da Mídia e de grande parte do Congresso Nacional contra o Governo se faz presente por eles saberem que os destinos do Brasil não estão nos seus ‘scripts’, qual seja voltarmos a ser capachos dos Estados Unidos, termos em nossas plagas a volta do FMI com suas imposições de arrocho contra a população, como vimos no Governo FHC, que seremos partícipes da famigerada ALCA que poderia dominar toda Economia Brasileira ditando suas normas, claro, com proveito para os filhos de TIO SAM.
Duvida? Querem testar? Elejam os que ele programam, Ratinho Júnior, Nícolas Ferreira, Tarcísio Freitas e cambada à Presidência da República em 2026.