Somos quadrigêmeos fraternos – nascidos com diferenças gramaticais. Temos a mesma pronúncia, estamos juntinhos ou separados, com ou sem o charme do circunflexo.
Aparentemente complicados somos simples quando aplicados. Só não ficamos satisfeitos quando escritos no modo interrogativo quando estamos explicando, e vice-versa. Somos os sedutores porquês.
Tentaremos ser claros como devemos ser usados. Utilizamos PORQUE em respostas e em explicações – quando indicamos causa ou descrição de algo. Prestaram atenção que está escrito junto e sem acento? Parece ser o preferido, não?
POR QUE é separado e sem acento? Sim. Vejam que estamos aplicando no início da frase interrogativa direta. Mas nada impede que esteja no meio, no caso de frases interrogativas indiretas.
O assunto está enfadonho? Vamos saber o PORQUÊ. Este tem o valor de substantivo e indica o motivo. Certamente, melhoramos o seu humor apontando o PORQUÊ.
Estamos achando que as explicações sobre nós não estão sendo atrativas. POR QUÊ? Vamos dar um incremento. Apresentamos este tipo sempre no final da frase, seguido de ponto de interrogação ou de um ponto final, separado e com acento.
Está havendo entre nós – quadrigêmeos – uma certa disputa. A fim de eliminar esta bobagem vamos nos exibir com alguns exemplos onde estamos situados. Vocês decidirão qual de nós é mais cativante:
– Ela quer subscrever a Carta PORQUE defende a democracia.
– POR QUE ela defende a democracia?
– As razões POR QUE ela assinou a Carta estão no seu espírito democrático.
– Quero saber o PORQUÊ de ela defender o Estado Democrático de Direito.
– Ela está emocionada em assinar a Carta. POR QUÊ?
– Ela chorou quando assinou a Carta e nem disse POR QUÊ.
Gostaríamos que nenhum de nós fosse preterido. Importante sermos aplicados na ocasião devida. Ademais, usados corretamente contribuímos com o glamour da nossa língua portuguesa.
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Uma resposta para INTRIGANTES PORQUÊS, por Babyne Gouvêa
Uma glamorosa e deliciosa crônica.
Por que gostei? Porquê está muito interessante e muito bem escrita.
Muito bom, Babyne!
José Mário Espínola