Verdade nua e crua. O predador-homem, em sua fome pelo vil-metal não poupa nada. Está matando o planeta.
Na Paraíba, hoje, mais da metade de suas terras já são verdadeiros desertos. Os rios em sua grande maioria são esgotos das urbes que esvaziam as zonas rurais onde a mão de obra e a agricultura já quase foram dizimadas.
Veja-se o exemplo de Bananeiras. A mídia enganosa a fez transformar numa terra desejada. Têm beleza realmente suas serrarias com seus montes e vales. Mas cadê água para o homem-turista endinheirado dar vazão ao seu ego?
Até as fontes de água do antigo campus da centenária Escola Agrícola, em parte “vendido” em transação escabrosa por um dos seus diretores, justamente a um seu funcionário… Que hoje industrializa e vende aquela água a peso de ouro, enquanto o povo de Bananeiras e Solânea esmola água dos carros-pipas vindo d’além como favor eleitoreiro.
Assim, com o acréscimo da falta de água, a já secular inquietação de José Américo de Almeida ainda vale – e como vale! – para o Brejo Paraibano de agora: “Miséria maior que morrer de fome – e também de sede – no deserto é não ter o que comer na terra de Canaã”.
Paulo Montenegro é médico
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