Minha cronista de cabeceira, Ana Lia Almeida pergunta no zap como 2021 me chegou. Digo que o novo ano me encontrou na paz, com esperança. Mas me deixou na dúvida.
Será que foi mesmo o tal do 2021 que passou aqui em casa e me pegou confinado, com medo de rua? Ou será que foi um 2020 fantasiado, todo trabalhado no branco da paz que sinto vez por outra, com detalhes dourados da esperança que me bate a cada virada de ano?
Um antigo compositor cearense me dizia que o novo sempre vem, mas só eu não vejo que é assim. Não vejo porque amo o passado. Amar o passado? Não, não. De forma alguma, Antônio. É esse 2020 que não quer largar o osso, ir embora, passar a bola, a faixa, o cargo.
Vejo em 2020 um Paraguaçu entrincheirado no seu gabinete de ódio e morte, dizendo que não sai nem a pau para deixar 2021 assumir. Diz que ganhou um novo mandato, convencido de que 12 meses foi pouco tempo para causar um sofrimento do tamanho planejado.
Ele acha que não aglomerou o suficiente, não contagiou o bastante, não causou tanta dor quanto gostaria. Afinal, se esse povo todo vai às praias, aos bares e bailes, sem máscara e distanciamento algum, é porque o mal não se fez por completo e pede mais.
Ah, e se depender de 2020, a vacina por aqui pula 2021 e só aparece em 2022. Que é pra colar na próxima campanha e dar ponto a quem planejou e fez tudo, mas tudo mesmo, pro ano velho ser reeleito. Reeleito e reinicializado. Desde zero hora do dia primeiro.
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Uma resposta para 2020 REINICIALIZADO, por Rubens Nóbrega
BRAVO, Rubens! Me fez lembrar de Trump, que pensa igual ao seu 2020.
Excelente texto!
Feliz Ano Novo.