AGOSTO PODE SER UM MÊS BOM, por José Mário Espínola

A Síndrome de Sugar Baby” dos presidentes: de Getúlio Vargas a ...

Imagem copiada de RedeNews, em ‘A Síndrome de Sugar Baby dos presidentes: de Getúlio a Bolsonaro’

Neste 24 de agosto, há 66 anos, o presidente Getúlio Vargas deixava a vida e entrava para a história ao atirar contra o próprio coração. Isso aconteceu com um político que durante quase três décadas influenciou, com um breve intervalo, o desenvolvimento do país e a vida dos brasileiros.

Ele fora beneficiado pela divisão da política do Brasil, cujo modelo sofrera um processo de envelhecimento ao fim das primeiras quatro décadas da República proclamada no país.

Durante seus 24 anos de atuação na política nacional, Getúlio se fez notar por haver produzido muitos benefícios para o país, modernizando-o em quase todos os sentidos. Também causou mal: naquele período, governou oito anos pela força, trazendo o infortúnio para muitos brasileiros.

Durante 28 anos de atuação na política nacional, o hoje presidente Jair Bolsonaro exerceu cargo eletivo de deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro. Ao longo dessas quase três décadas ele não produziu nada, absolutamente nada, que pudesse ser classificado como benefício para a nação brasileira. Ou ao menos para o seu Estado do Rio de Janeiro.

Em 2018, Bolsonaro foi beneficiado pela divisão político-ideológica reinante no país, alimentada pela disseminação do ódio que divide a nação brasileira até hoje, desde que no país se instalou um governo popular que não soube se conduzir de uma forma que pacificasse ou acomodasse todos os segmentos e terminou os seus dias sob pesadas acusações quanto à conduta dos seus representantes.

Tudo agravado pelo fato de se beneficiar do instrumento da reeleição, que dificulta a alternância do poder.

Ele foi beneficiado, também, pelo ato absurdo, tresloucado e injustificável de um doente mental, que atentou contra a sua vida. Com o “Cordão Encarnado” ameaçando retornar pelo voto popular, de um lado, Bolsonaro foi escolhido pelo “Cordão Azul” para encarnar um projeto maior de domínio de poder político e foi elevado ao cargo de presidente do Brasil.

Uma vez eleito pelas regras vigentes da democracia, esperava-se que ele passasse a ser o presidente de todos os brasileiros e governasse para a nação inteira. Não foi o que aconteceu. Vem se aproveitando do poder para dividir ainda mais os brasileiros, não somente conservando o fluxo de ódio que ajudou a elegê-lo como procurando engrossá-lo mais ainda.

Nesses 20 meses de governo nada fez de positivo, de importante, que nos faça esquecer do deputado inexpressivo que foi durante três décadas. Pior ainda: aproveita todas as oportunidades que lhe surgem para tomar atitudes que corram o risco de vir a ser consideradas como medíocres, chulas, racistas, intolerantes.

A última foi ameaçar, de forma grosseira, de vir usar a violência física contra uma pessoa. No caso, um profissional da imprensa. Reagiu assim porque o repórter lhe perguntou sobre valores depositados por outro homem na conta bancária da primeira-dama.

Esse fato vem causando muita estranheza, principalmente se considerarmos a forma de pensar que predomina na nossa sociedade, de forte tendencia machista. A maioria de nós teria que receber uma boa explicação da esposa para justificar benefícios feitos a ela.

Qual seria a explicação? Pagamento de um empréstimo que havia recebido da senhora Michelle? Ou um empréstimo que viesse sendo feito à madame? Seria pagamento de favores? Quais favores? Tudo isso tem que ser explicado, visto se tratar da esposa do homem público Número Um do país.

Enfim, o que o repórter queria era exercer o seu ofício de perguntar ao presidente qual é a explicação dele, para então poder divulgar em seu veículo de comunicação, visto que ele Bolsonaro é um homem público e a beneficiada, segundo investigações do Ministério Público, é esposa dele.

Mas uma reação como aquela pode sugerir que o presidente não tem explicação. Ou, se tiver, não é uma explicação publicável.

A história mostra que agosto, realmente, é um mês muito delicado para presidentes do Brasil. Pois no dia 25 deste mês, em 1961, o presidente Jânio renunciou sem uma explicação plausível até hoje, seis décadas depois.

Com esse histórico, os brasileiros devem ficar atentos para os fatos que possam acontecer nestes últimos dias do mês.

Abrolhos!

José Mário Espínola

Cidadão

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