CONCURSO PÚBLICO, por Aderson Machado

Concurso publico para GM em Campo Limpo

Eu tive a “sorte”, vamos dizer assim, de ter logrado êxito logo no primeiro concurso público que fiz. Mas isso já faz um bom tempo. Foi, precisamente, no longínquo ano de 1978. Os tempos eram outros, evidentemente.

No meu tempo a concorrência não era tamanha, pelo menos em comparação com os dias atuais, quando há milhares e milhares de pessoas, com nível superior, à procura de melhores oportunidades na vida profissional. E, dessa forma, torna-se mais difícil para o concorrente a um emprego conseguir sucesso nos primeiros concursos que faz.

Destarte, vale o fator insistência bem como uma carga maior de estudo, pois a coisa não é fácil. Eu diria, porém, que o mais importante não é estudar em demasia, se esse estudo não for bem planejado. Dir-se-ia que o importante mesmo é saber estudar, quer dizer, estudar com metodologia, a fim de não perder tempo estudando algo desnecessário.

E por falar em concurso, a revista VEJA, em sua edição de 13/07/2011, publicou uma reportagem especial com o seguinte título: CONCURSO PÚBLICO – AS LIÇÕES DOS CAMPEÕES. Trata-se de uma longa matéria, no entanto irei repassar para o amigo leitor/candidato as opiniões de 10 vitoriosos, que ensinam como conquistar um dos cobiçados cargos oficiais com salário inicial de até 21.000 reais.

A partir do próximo ponto, portanto, fiquem com os depoimentos desses vitoriosos.

Gustavo Meira, 24 anos, de Porto Alegre: “Os simulados, provas fornecidas pelos cursinhos ou disponíveis na internet que servem como exercício, são uma ótima ferramenta de estudo. Devo ter feito mais de uma dezena deles (primeiro lugar para o Itamaraty)”.

Beatriz Chagas, 29 anos, de São Paulo: “O próprio edital do concurso é um bom guia sobre como se preparar. Conhecer bem as regras e o conteúdo que será aplicado nas provas dá maior segurança sobre o que estudar. Para mim, ajudou também estudar o programa de editais de concursos anteriores para o mesmo cargo (segundo lugar para a Procuradoria-Geral de São Paulo)”.

Alexandre Meirelles, 41 anos, do Rio de Janeiro: “Estudar mais de uma matéria por dia, em vez de destinar horas fixas semanais ao estudo de matérias isoladas, faz com que o conteúdo esteja sempre atualizado na cabeça (passou em cinco concursos)”.

Andréa Costa e Silva, 35 anos, de São Paulo: “Minha estratégia foi prestar concursos que exigiam menor nível de conhecimento. Essa é uma boa maneira de se preparar para um salto mais ambicioso em um concurso mais difícil (aprovada em três concursos, um deles em terceiro lugar)”.

Frederico Dias, 29 anos, de Belo Horizonte: “Não adianta ter uma montanha de livros e apostilas, sob risco de se dispersar. Para selecionar o material de estudo específico para cada concurso, eu consultei professores, candidatos experientes e sites especializados (primeiro e nono lugares em dois concursos federais)”.

Carolina Teixeira, 25 anos, de Brasília: “As provas costumam ter questões muito semelhantes às de concursos anteriores para o mesmo cargo. Por isso, vale a pena estudar e refazer as provas de outros concursos. Eu refiz mais de 100 provas (quarto lugar para a Câmara dos Deputados)”.

Demétrio Pepice, 32 anos, de São Paulo: “Um desafio extra é estudar matérias com as quais não se tem afinidade. Eu fiz esforço e aprendi a gostar de todas as matérias que caem nas provas. Desse modo, consegui evitar que a rejeição a alguma delas me levasse ao fracasso (dois primeiros lugares e um segundo)”.

Manuel Pastana, 49 anos, de São Sebastião da Boa Vista, PA: “A reprovação faz parte do jogo, e não existe concurso perdido. O conhecimento se acumula até que, um dia, vem a aprovação (aprovado em sete concursos, três deles em primeiro lugar)”.

Maria Carolina Caires, 32 anos, de São Paulo: “Escolhi com cuidado o meu local de estudos. Para ser produtivo, o ambiente deve ser silencioso e bem organizado. A música atrapalha os estudos, a não ser que seja apenas de fundo e em volume muito baixo (terceiro lugar para a Secretaria da Fazenda de São Paulo)”.

Marcelo Pinto Ferreira, 43 anos, do Rio de Janeiro: “Durante os estudos, vale a pena administrar o tempo de forma a tirar um dia de descanso por semana. A quebra na rotina aumenta a produtividade (primeiro lugar para a Petrobrás)”.

Por fim, espero que os depoimentos supracitados sejam de muita valia para o amigo leitor candidato a qualquer tipo de concurso que for fazer.

Boa sorte!

  • Aderson Machado é Engenheiro Civil e Bacharel em Letras
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