Ontem (27), um dos mais longevos e importantes ícones do rock nacional chegou aos 76 anos de idade. E parte de sua origem é paraibana, já que o pai – Seu Barros, músico, ator e detetive – nasceu em Cabaceiras.
É certamente o líder da banda de rock com mais anos de estrada, shows e bailes da vida no Brasil. Quiçá do mundo! Soube que o Google realiza pesquisa nesse sentido…
Este ano, a banda completa 60 anos, criada que foi em 1959 no Rio de Janeiro. Inicialmente, o grupo carregava o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade” e fazia dublagem com sucessos do rock americano.
Na primeira apresentação num programa de auditório no rádio, vaias ecoaram do começo ao fim, o que levou a banda a fazer músicas de verdade, começando por várias versões de hits dos Beatles. Mas logo os componentes estariam fazendo enorme sucesso graças a composições próprias.
No começo, ainda como “Bacaninhas”, três irmãos destacavam-se no grupo: Renato, Paulo César e Edson (depois Ed Wilson).
[Na foto, capa do segundo LP, com a banda formada por Renato (guitarra), Paulo César (baixo), Roberto Simonal (sax), Toni (bateria) e Erasmo Carlos]
Do princípio até o momento atual, o “conjunto” (como era conhecido) passou por inúmeras formações. Paulo César (por várias idas e vindas) e Edson preferiram a carreira solo. Hoje, apenas dois remanescem desde os tempos de Jovem Guarda: Renato Barros (guitarra e voz) e Cid Chaves (voz e sax por longos anos).
Na minha adolescência em Bananeiras, Renato e seus Blue Caps era uma das bandas de referência no repertório dos conjuntos do gênero na terrinha. Isso, lá pela segunda metade dos anos 60 do século passado.
Cantei muitos sucessos de Renato nos Mini Bárbaros e n’Os Bárbaros, até 1970. Dos 11 aos 15 anos de idade, dividindo palcos com feras como Elpídio, Edinho, Dirceu e outros ídolos locais reunidos sob o empreendedorismo artístico-musical do saudoso Newton Cirne.
Por essas e tantas outras, até os dias atuais preservo minha admiração pela banda, em especial pelas canções do seu líder. Parabéns, felicidades e saúde, a Renato e a todos os seus Blue Caps, que são os milhares de fãs desse magnífico grupo de excelentes músicos e cantores.
- Robson Nóbrega é jornalista e escritor
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Uma resposta para RENATO E SEUS BLUE CAPS: OS SESSENTÕES DO ROCK NACIONAL, por Robson Nóbrega
Esses Nóbregas são fantásticos e quando falam de alguma coisa de Bananeiras me deixam muito feliz e gratificado com todos os temas que escrevem. Parabéns pela bela reportagem que me fez lembrar dos velhos tempos em Bananeiras quando fui com muita honra aluno do nosso saudoso professor Vicente de Paula Nóbrega.