Decisão liminar expedida na tarde de hoje (19) pela 7ª Vara Cível da Capital determinou a suspensão das eleições que a Associação Paraibana de Imprensa (API) realizaria amanhã (20) no interior e sábado (21) em João Pessoa.
Por ordem da juíza Ivanoska Maria Esperia, o processo eleitoral ficará suspenso por 30 dias. Nesse período, o atual presidente da API, João Pinto, terá que fornecer documentos solicitados pela chapa de oposição em nome da transparência e em obediência ao Estatuto da entidade.
Segundo argumentam membros da chapa liderada pela jornalista e professora Sandra Moura, candidata a presidente, João Pinto promoveu dezenas de filiações de novos associados sem submetê-las – como exige o Estatuto – à Comissão de Sindicância da API, que sequer foi formada na atual gestão.
Chapa divulga nota
A Chapa API na Vanguarda para Todos e Todas divulgou há pouco a nota a seguir reproduzida, na qual explica os motivos pelos quais recorreu à Justiça para garantir lisura nas eleições da API.
POR ELEIÇÕES LIMPAS NA API, EM RESPEITO AOS ASSOCIADOS
Eis as razões maiores que levaram um grupo de filiados a buscar na Justiça a legalidade e a moralidade que devem conduzir o processo eleitoral para renovação dos quadros dirigentes da Associação Paraibana de Imprensa (API).
Legalidade e moralidade pressupõem, entre outros deveres incontornáveis, o estrito cumprimento dos dispositivos estatutários que regem a entidade, alvos de flagrante e continuado desrespeito pelo atual Presidente.
Lamentavelmente, entre outras irregularidades, o sr. João Pinto chega ao fim do mandato sem apresentar uma única prestação de contas aos associados, obrigação que o Estatuto da API manda ser cumprida anualmente.
O atual presidente sequer prestou contas das receitas e despesas da entidade nem mesmo quando formalmente cobrado – como o foi – por outros dirigentes da API, a exemplo da Vice-Presidente e do próprio Tesoureiro.
Como se não bastasse, no mandato em curso dezenas de novas filiações ampliaram o quadro de associados sem que fossem submetidas à Comissão de Sindicância, que deveria ser eleita pelo Conselho Deliberativo da API, jamais convocado pelo atual presidente.
Diante de mais essa e de tantas outras transgressões ao Estatuto, a Chapa API na Vanguarda decidiu procurar meios legítimos e legais de não submeter os destinos da entidade a um processo eleitoral ostensiva e deliberadamente comprometido.
Recorrer à Justiça para salvar a entidade e resgatá-la da visível degradação em que se encontra é muito mais do que um direito de qualquer associado. É dever irrenunciável imposto pela realidade presente da API.
De outro lado, fique bem claro que de modo algum os membros da Chapa de oposição temem o embate nas urnas. A história pessoal e profissional de cada um dos que querem a API na Vanguarda para Todos e Todas é marcada por expressivas vitórias nas disputas internas das categorias a que pertencem.
Lamentavelmente, na realidade de momento da API, não há a menor chance de prevalecer democracia ou um mínimo de paridade nas condições de disputa nas eleições que seriam realizadas nestes dias 20 e 21 de julho de 2018.
Permitir votações como queriam o atual presidente e seu comando de campanha seria coonestar com a ilegalidade, trair princípios e valores da grande maioria dos associados da API, que abomina qualquer tentativa de fraudar eleições de que participam.
Pelos mesmos motivos e por toda a sua trajetória, os componentes da Chapa API na Vanguarda não aceitam nem compactuam com imoralidades, falta de ética e de compromisso com os interesses da entidade e de seus filiados.
Em João Pessoa, Paraíba, 19 de julho de 2018.
API NA VANGUARDA PARA TODOS E TODAS
A decisão da Justiça
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Uma resposta para Justiça suspende eleição da API
Na ação contra a Chapa 1, os 100 sócios que ela alega, mudaria o resultado?