Ao prefeito restaria arriscar-se em voo solo ou disputar Senado
Com seu nome lançado bem depois que os prováveis concorrentes, o senador José Maranhão já pode bater no peito e dizer que é hoje, bem antes dos seus possíveis adversários, a primeira candidatura a governador da Paraíba que se consolida a dez meses das eleições de 2018.
Graças à sua reconhecida capacidade de articulação e trânsito fácil em praticamente todos os segmentos, tendências e partidos estaduais, além das portas que lhe abrem os demais expoentes políticos do Estado, não se admirem se Maranhão conseguir alijar da disputa ninguém menos que Luciano Cartaxo.
Alijar significa se fazer o candidato a governador das oposições e fazer o prefeito de João Pessoa adiar seu projeto de governar a Paraíba para aceitar, qual prêmio de consolação, uma honrosa e competitiva candidatura ao Senado, deixando a Prefeitura da Capital nas mãos do PMDB maranhista sob a caneta do vice-prefeito Manoel Júnior.
Caso não aceite trilhar por esse caminho, Cartaxo pode ficar isolado, apartado da aliança oposicionista. Terá, então, que se arriscar a concorrer ao governo praticamente sozinho, sem o apoio do PSDB de Cássio Cunha Lima, que não parece disposto a bloquear as investidas de Maranhão sobre o prefeito Romero Rodrigues, de Campina Grande.
Unificando forças campinenses
Maranhão investe – com chances reais de retorno – para ter como vice o alcaide da Vila Nova da Rainha. Que é filiado ao PSDB do primo Cássio e, em tese, liderado pelo senador tucano, que vai tentar se reeleger e adoraria fazer dupla para o Senado com Cartaxo ou com o também senador Raimundo Lira, do PMDB.
Se Maranhão ganhar a companhia de Romero nessa jornada, marcará um tento extraordinário: ser o candidato à Granja Santana dos principais grupos políticos de Campina Grande. Além dos Cunha Lima, passaria a contar com os Ribeiro, que atualmente têm o patriarca Enivaldo como vice-prefeito da cidade.
Presumível ainda que a candidatura peemedebista conte também com o entusiasmo do ex-prefeito campinense Veneziano Vital. Afinal, uma vez eleito governador, Maranhão renuncia a quatro anos de Senado em favor de sua primeira suplente, que vem a ser a ex-deputada fedceral Nilda Gondim, mãe do ex-Cabeludo.
O que restaria a Cartaxo
Com as pedras decisivas do xadrez político paraibano sendo movidas dessa forma no tabuleiro da sucessão estadual, restaria a Cartaxo arriscar-se em um voo solo, sem instrutor competente no ar ou base terrestre confiável. Ou render-se ao tratoramento maranhista. Ou voltar correndo para os braços de Ricardo Coutinho.
Mas aí já seria tarde. O ungido pelo atual governador atende pelo nome de João Azevedo, consagrado pelo círculo mais íntimo do poder em exercício. Sem contar que o pré-candidato do PSB ao governo vem, desde dezembro último, posando e pagando de irremovível por onde anda.
Tem motivos para tanto. João pode disputar o governo como governador-tampão, eleito pela Assembleia Legislativa para substituir Ricardo Coutinho. Que deixaria sem susto o cargo para disputar o Senado, mas fazendo dupla com Lígia Feliciano (PDT).
Há quem diga que somente a certeza de conquistar uma vaga no Senado por ter Ricardo Coutinho ao seu lado faria a vice-governadora renunciar ao direito de governar a Paraíba e, como governadora, ousar permanecer na cadeira enfrentando nas urnas candidatos como Maranhão, Cartaxo ou o próprio João Azevedo.
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2 Respostas para Maranhão avança para isolar Cartaxo e ser o candidato das oposições
Rubão, não consigo enxergar oposição na Paraíba. Tudo farinha do mesmo saco. Pretensos passageiros, que brigam por uma cadeira/vaga no TITANIC BRASIL.
O que percebo claramente é a acomodação de grupos conhecidos, os quais se matam e morrem para galgar o controle das siglas partidárias e a partir daí buscar vender conversa prá eleitor serviçal, incauto, analfabeto e desinformado.
Vivenciaremos, mais uma vez, um processo eleitoral, no qual apenas os votos apelidados de válidos são considerados, enquanto os votos em branco e nulos, apesar de serem manifestações dos eleitores, não são considerados. Então, o leitor é obrigado a votar nas “excelências” oriundas dos arrumadinhos, das conversar de mesa de bar.
Observe-se também que, nas eleições, se é que podemos chamar isso de eleição(!), não se discute projetos, por que não há projetos a serem colocados na mesa. E o que nos resta é isso que aí está !!!
Se impõe obrigação ao eleitor, mas não se impõe sequer, a mínima responsabilidade aos eleitos.
Essa atitude de maranhão só favorece o governador atual.