Kakay sustenta que caberia prender Moro por obstrução da Justiça no caso Tacla Duran (Reprodução do Youtube/Poder360)

Um dos mais requisitados criminalistas do país, defensor de nada menos que 18 acusados pela Operação Lava Jato, contra a qual costuma desferir críticas as mais contundentes, dirigidas também ao juiz Sérgio Moro, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, vem fazer palestra este mês na Paraíba.

Ele será um dos três palestrantes do I Fórum Paraibano sobre Delação Premiada, Organização Criminosa e Advocacia nos Tribunais Superiores que a Seccional Paraíba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB) promove no próximo dia 23, às 18h30, no Centro Cultural Ariano Suassuna do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), em João Pessoa.

Além de Kakay, o Fórum contará com intervenções de Leonardo Ranña, Mestre e Doutorando em Processo Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e Marcelo Turbay, mestre e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), instituição de ensino que tem como sócio o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Fórum sobre Delação Premiada é um evento destinado a advogados e estudantes de Direito, mas será aberto a todo o público interessado. As inscrições (clique aqui para saber mais) custam R$ 35 e 1 kg de alimento (para quem estiver em dia com a OAB-PB) e R$ 70,00 para os demais.

“Obstrução da Justiça”

Na sua mais recente entrevista, à revista Vip (clique aqui para ler), Kakay diz que vê mais vaidade do que heroísmo no juiz Sérgio Moro, contra quem já defendeu até prisão preventiva por “obstrução da Justiça”.

Emitiu tal opinião após as revelações – publicadas pela imprensa brasileira no começo de setembro passado – de que um amigo e sócio da mulher de Moro, a advogada Rosângela Wolff, teria se oferecido para intermediar um abrandamento de pena e de multa do advogado Tacla Duran na Operação Lava Jato.

Segundo Kakay, ao defender publicamente o amigo – o também advogado Rodrigo Zucollato Júnior – das acusações feitas por Tacla Duran, Moro teria cometido obstrução de Justiça por combinar respostas com o acusado, que deveria ser investigado e não inocentando de plano pelo juiz.