Bandeira Lins, autor de ‘Gente de Taipu’ (Foto: Pinterest)

Na sessão solene dedicada ao seu 76º aniversário de fundação, a Academia Paraibana de Letras (APL) promove quinta-feira(14) o lançamento do livro ‘Gente do Taipu’, de Carlos Francisco Bandeira Lins. A obra reúne 25 anos de pesquisa sobre as origens da família do escritor José Lins do Rego.

“Intelectual paraibano de reconhecida militância jurídica e literária na cidade de São Paulo”, como descreve a APL em convite para o evento, Bandeira Lins abordará o tema “José Lins do Rego, nos arredores de Taipu” em palestra que será realizada às 18h na sede da entidade, Centro de João Pessoa.

Nascido em Pilar em 3 de junho de 1901, Zé Lins, como era chamado por seus contemporâneos, será lembrado na Paraíba também nesta terça-feira (12). Pelos 60 anos de falecimento no Rio de Janeiro, onde o ‘Menino de Engenho’ passou a viver a partir de 1935, como escritor e também articulista dos Diários Associados e de O Globo.

A obra a ser lançada nesta quinta-feira na APL é composta de dois volumes que somam mais de mil páginas e tem em José Lins Cavalcanti de Albuquerque sua figura central. E fio condutor de uma investigação que, apesar de “exaustiva e demorada”, como o próprio Bandeira Lins define, “rendeu muitas descobertas surpreendentes”.

‘Gente de Taipu’ tem informações e dados históricos do Brasil e de Portugal plenamente úteis aos estudiosos da literatura brasileira, da língua e de etnologia, das ciências políticas, da religião, da antropologia e da economia. Mais especificamente, aos que pesquisam sobre a cultura canavieira e seus engenhos, inspiradamente retratados nos romances de José Lins do Rêgo.

Sobre o autor

Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Carlos Francisco Bandeira Lins é procurador de Justiça aposentado e membro vitalício do Conselho de Administração da Fundação Bienal de São Paulo, além de presidente do Conselho Curador da Fundação Cásper Líbero.

Colaborador de vários jornais do país, com artigos jurídicos, filosóficos e sociológicos, é também autor dos livros “A Reforma da Previdência: suas consequências no Ministério Público de São Paulo” e “Mulheres no Ministério Público: o conflito entre realização profissional e familiar”.

Durante a ditadura militar, foi dos primeiros membros do Ministério Público brasileiro a clamar publicamente pela volta do regime democrático, chegando a impedir o uso da Fundação Escola de Sociologia e Política como base para atentados perpetrados por grupo paramilitar. E conseguiu, também, coibir o uso da TV Cultura para fins eleitorais.

• Com informações e texto do jornalista Carlos César Muniz