Dinheiro do ‘bunker’ de Geddel passa de R$ 51 milhões

A Polícia Federal terminou na noite de ontem (5), em Salvador (BA), a contagem dos valores apreendidos em um apartamento que, segundo o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, o ex-ministro Geddel Vieira Lima usava para guardar objetos e documentos que envolvem dinheiro oriundo de corrupção. Foram apreendidos mais de R$ 51 milhões.

O dinheiro será depositado em uma conta judicial. O valor foi apreendido pela PF na manhã dessa terça-feira na Operação Tesouro Perdido, nova fase da ‘Cui Bono?’, em um apartamento distante apenas um quilômetro de onde Geddel ‘cumpre’ pena de prisão domiciliar, mas sem o incômodo de uma tornozeleira eletrônica. O ex-ministro foi preso em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho.

O ‘bunker’, como definiu a PF, fica no apartamento 201 do Edifício Residencial José da Silva Azi, na Graça. A ação policial no imóvel foi autorizada pela 10ª Vara Federal de Brasília. Ao autorizar a operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que Geddel ‘estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em face das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência’.

Prédio onde fica o ‘bunker’ de Geddel

Na autorização de busca e apreensão assinada pelo juiz Vallisney é dito ainda que o apartamento pertence a Silvio Silveira, amigo de Geddel. Mas o CNPJ 15.427.342/0001-60 do empreendimento Residencial José da Silva Azi SPE Ltda indica como sócios, além de Ana Vitória Silveira, Jorge Peton de Lima Azi, Pedro Neves Azi e JP Patrimonial Ltda.

Construtor e incorporador, Toinho, como é conhecido o empresário da Silveira Empreendimentos, foi processado no caso de desvio de dinheiro da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), entre 2003 e 2006. Ele teria, junto com empreiteiros que realizaram serviços na estatal sem o devido processo licitatório, emitido notas ficais sem a descrição de serviços no valor de cerca de R$ 4 milhões.

Também de acordo com fontes ouvidas pela imprensa baiana, o dinheiro seria usado para financiar a campanha a governador de ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador.

Valores finais

R$ 42.643,500,00 (quarenta e dois milhões, seiscentos e quarenta e três mil e quinhentos reais)

US$ 2.688,000,00 (dois milhões, seiscentos e oitenta e oito mil dólares americanos) = R$ 8.387.366,40

(com a cotação de venda na data de ontem – fonte Bacen – com 1 dólar = 3,1203 reais)

Total = R$ 51.030.866,40 (cinquenta e um milhões, trinta mil, oitocentos e sessenta e seis reais e quarenta centavos)

  • Com informações, textos e fotografias da versão digital do jornal A Tarde, de Salvador (BA)
É BOM ESCLARECER
O Blog do Rubão publica anúncios Google, mas não controla esses anúncios nem esses anúncios controlam o Blog do Rubão.