Prejuízo aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 30 milhões
O esquema de fraudes desmantelado hoje (24) no Instituto de Previdência do Município de João Pessoa (IPM-JP) pode ter causado prejuízo superior a R$ 30 milhões aos cofres públicos. O dinheiro foi desviado por um grupo que teria como cabeças dois ex-superintendentes do órgão: Moacir Tenório e Cristiano Henrique Santos.
Moacir é um dos cinco servidores efetivos do IPM presos pela Operação Parcela Aberta, deflagrada nesta quinta-feira pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPPB, com apoio das Polícias Civil e Militar e da própria Controladoria-Geral da Prefeitura de João Pessoa. Além dos ex-superintendentes, outro membro de destaque da chamada organização criminosa seria Verônica Veloso Guedes Gadelha, diretora administrativa e financeira do órgão.
Toda a investigação sobre o funcionamento do esquema e a Operação Parcela Aberta foram comandadas pelo Promotor de Justiça Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco, com apoio do delegado Allan Terruel, coordenador do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil do Estado e pelo auditor Severino Queiroz, secretário-chefe da Controladoria-Geral do Município.
Em entrevista coletiva realizada na manhã de hoje no auditório do MPPB, no Centro de João Pessoa, o delegado Allan Terruel informou que a investigação contou com a colaboração (delação premiada) de um dos envolvidos nas fraudes. Fraudes que consistiam, basicamente, em aumentar os valores de pensões e aposentadorias na folha de pagamento do Instituto sem que os acréscimos fossem repassados a pensionistas e aposentados.
Terruel não revelou a identidade do delator, mas disse que as informações por ele (ou ela) prestadas bateram com os levantamentos realizados na folha de pagamento do IPM e no percurso que o dinheiro desviado seguiu. Toda a ação do Gaeco e da Polícia foi suportada por ordens judiciais da 6ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa.
Durante a Operação foram cumpridos 19 dos 20 mandados de prisão, 22 mandados de busca e apreensão e mais 16 conduções coercitivas. Ainda na manhã de hoje, alguns dos presos levados para interrogatório no GOE confessaram a prática dos crimes. Um dos alvos de mandado de prisão foi procurado em sua residência, mas não foi encontrado.
Dois filhos do vereador Pedro Coutinho, ex-superintendente do IPM, recém falecido, também teriam sido presos pela Polícia. Informações repassadas ao blog no final da manhã acrescentam que as fraudes teriam começado em 2009 e se intensificaram a partir de 2010.
- Com informações de Herbert Araújo, da CBN João Pessoa
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