
Canal Leste da transposição foi inaugurada em março deste ano, mas obra está em teste, segundo MI
O eixo leste do canal de transposição das águas do Rio São Francisco ainda é uma obra em teste. Mesmo assim, conforme observou o doutor em Recursos Hídricos, Francisco Jacome Sarmento, o Governo do Estado confiou plenamente no resultado da transposição, quando anunciou a suspensão do racionamento de água em Campina Grande e mais 18 cidades, para o próximo dia 26, quando o Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, deve atingir 8,2% do seu volume.
O professor doutor e pesquisador da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) lembrou que o racionamento começou em 2014 quando o Açude Boqueirão estava com 98 milhões de metros cúbicos. o canal leste da transposição foi inaugurado no dia 10 de março, quando a água chegou em Monteiro/PB. Em abril, o volume de Boqueirão baixou para menos de 12%. Em abril, começou a receber água e hoje está com 32 milhões de m3.
“Ao adotar o parâmetro da vazão de água da transposição para acabar o racionamento, é claro, evidente e óbvio que o Governo do Estado está confiando em um empreendimento que está em pré-teste. É o próprio Ministério da Integração quem está dizendo que a obra está em fase de teste, o empreendedor, o dono do projeto que diz ‘estou testando’ e isso inclui a hipótese (eu espero que não aconteça) de dizer ‘rompeu o canal, vamos parar por dois/três meses”, alertou Sarmento.
Confissão
No início desta semana, o Ministério da Saúde encaminhou uma nota à imprensa sobre o furto de água ao longo do canal e citou que a obra estava em teste. Para Sarmento foi uma confissão de que a obra havia sido inaugurada sem ter sido concluída. Dizia trecho da nota do MI: “O eixo leste está em fase de ajustes e testes. Nessa etapa, é verificado o funcionamento de todos os equipamentos eletromecânicos e, também, das estruturas de engenharia responsáveis pela condução de água, como: aquedutos, reservatórios, canais”.
O Ministério da Integração Nacional também afirmou que acelerou as obras do eixo leste do Projeto São Francisco para que o empreendimento fosse entregue dentro do cronograma do Governo Federal, para evitar o colapso hídrico na região num momento em que o Açude Epitácio Pessoa registrava o menor volume dos últimos anos – 2,9%.
Atualmente, são fornecidos diariamente entre 3,8 e 4,0 metros cúbicos por segundo no leito do Rio Paraíba, em Monteiro (PB).
O roubo de água
O Ministério da Integração Nacional solicitou, na última semana (3), apoio do Ministério Público do Estado da Paraíba para assegurar que as águas do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco sejam utilizadas, prioritariamente, para o abastecimento humano e animal, conforme determina a outorga da Agência Nacional de Águas (ANA), emitida em 2005.
A medida foi necessária depois que equipes técnicas da pasta constataram que agricultores, ao longo do Rio Paraíba, estão desviando as águas do ‘Velho Chico’ para plantações, apesar de a região enfrentar a maior estiagem dos últimos 100 anos.
Além disso, o Ministério da Integração registrou denúncia na 14ª Delegacia Seccional de Polícia Civil, em Sumé (PB), em razão dos aterramentos encontrados dentro do leito do Rio Paraíba. As estruturas contribuem para a redução da vazão no curso d’água do manancial.
Técnicos do Ministério estimam que as ligações não autorizadas já tenham desviado cerca de 20 milhões de metros cúbicos das águas do São Francisco nos últimos 2,5 meses. Esse volume corresponde a cerca de quatro vezes a quantidade de água que forma a Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais do Rio de Janeiro.
A retirada está sendo feita ao longo dos mais de 100 quilômetros do leito natural do Rio Paraíba. Cerca de um milhão de pessoas dependem do fornecimento dessa água para ter a garantia de abastecimento neste longo período de escassez hídrica que castiga a região.
O uso indevido e não autorizado da água pelo Ministério da Integração Nacional tem impactado diretamente no cronograma de racionamento das cidades paraibanas. Como o Projeto está em fase de pré-operação, a utilização do ‘Velho Chico’ para outros usos, neste momento, pode colocar em risco a segurança hídrica da população do estado da Paraíba.
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11 Respostas para Governo aposta em obra inconclusa para acabar racionamento em CG e região
gente deixa o MAGO trabalhar e para isso que ele foi eleito e reeleito, a agua de campina grande está assegurada, o governo do estado tem feito o seu trabalho, ficamos no aguardo ate o dia 26, vamos procurar mais cidades que estejam fora do isolamento asfaltico e cominucar ao governo que ele faz, são 54 cidades que estavam em estado de calamidade rodoviaria e hoje agradece ao governador por este trabalho, e vem mais trabalho pela frente, AVANTE
Essa de secretário x-tudo que falaram ai pra cima tá boa demais!!! É verdade. Ricardo Coutinho é criatura da briga Maranhão X Cunha Lima. Agora os dois se juntaram contra sua própria criatura. Em 2010, o governo caiu no colo de Ricardo que nunca esperou ganhar. O PMDB com sua incompetência de sempre perdeu a eleição. Sem saber o que fazer, sem equipe, Ricardo pegou o João Azevedo “Faz Tudo”, pois não tinha mais ninguém. Afinal, esse tal coletivo girassol tem de tudo, menos gente em quem se possa confiar a gestão pública. É aquele tipo de esquerda que não presta pra outra coisa a não ser fazer oposição. Vejam que na história da PB nunca teve um secretário que precisasse responder por tudo, sem ter como dar conta de nada. As coisas só andam porque o besta do Maranhão deixou tudo engatilhado.
Estou com você Maria Amélia. Esses vereadores aqui de Campina Grande bem que poderiam arranjar uns argumentos um pouco melhores do que ficar dizendo que a população vai acabar com a água assim que o racionamento terminar. Por que eles não enxergam que a importância da gestão de recursos hídricos para o estado está bem clara, quando se olha quem é o presidente da Aesa? Os políticos se protegem uns aos outros e, na cobiça de assumirem cargos que nada têm a ver com a formação deles (não ligam pra isso), evitam criticar a ridícula gestão de águas da Paraíba e de seu comandante. Por que a academia, que é a universidade pública, que deveria entrar no debate – até para dar algum retorno ao que nela investe a sociedade -, permanece silente?? Por que só esse professor Sarmento fala? A UFCG tem excelentes quadros. A UEPB também. Ouvimos opinião de tudo o que gente que nada entende do assunto. Os que deveriam falar não falam nada.
Vi na internet que o preço dessa água que vem do São Francisco será de 1 real por m3. Isso quer dizer que roubaram 20 milhões de reais!!! Será que o governo do estado tem noção disso??? E vai continuar com um político sem mandato, analfabeto em hidrologia comandando a AESA?? Até quando a Paraíba protagonizará um fiasco, um mico mesmo, como esse. Quem é de fora e escuta esse cara falando, dando patada pra todo lado, em qualquer um que se apresente com alguma contribuição, não vai entender nunca como um setor tão importante com o das águas pode ser conduzido por uma figura como essa. Semana passada, após uma entrevista do meu professor Sarmento na CBN ele foi dizer ao jornalista Suetônio Souto que o professor estava “insano”. Para esse “profundo conhecedor” da AESA, insano é qualquer um que ouse falar a verdade, falar as coisas como elas de fato são, ou seja, diferentes do mundo ilusório criado pelo governo do estado onde a Paraíba é a Suíça brasileira em termos de gestão de recursos hídricos. Mas para desmascarar essa estória é fácil, basta entrevista o João Fernandes da Aesa. Trata-se de um bom exemplo em que a ignorância temática fala, literalmente, por si…
Aqui pra nós, as universidades de Campina Grande e a UFPB bem que poderiam entrar nesse debate com o mesmo espírito técnico e a cidadania que vem demonstrando a voz isolada desse professor Sarmento desde o começo dessa confusão em torno da água. Gente, isso é uma questão de ordem técnica e estão tratando como se trata tudo aqui na Paraíba: como se fosse algo de natureza política. Caro jornalista, deixo uma pergunta no ar: você vai por um milhão de pessoas em um trem, mas o dono do trem avisa que o trem não está totalmente concluído, se encontra em fase de pré-teste, já apresentou defeito várias vezes. Ainda assim, você poderia as pessoas nele? Isso só para dar uma resposta política e dizer que tirou Campina do racionamento!!!! Como se não bastasse, os trilhos por onde o trem vai correr está cheio de “aterramentos” que praticamente impedem a viagem. Bem, analogias a parte, só nos resta rezar que esse trem chegue e que haja inverso na Paraíba em 2018, que floresçam outras espécies de flores…
O problema desse pessoal do governo do estado e do federal também é que eles ou não sabem da verdade ou não convém contar a verdade. Mas essas mazelas todas alertadas pelo professor da UFPB não passam despercebidos pelos que pensam. Vejam meus amigos, entraram com o racionamento em 2014, mais precisamente em dezembro, o açude estava com 98 milhões de m3. Se estão contando o racionamento agora, em pleno mês de agosto, quando não chove mais no Cariri até janeiro, ISSO SÓ SIGNIFICA QUE ESTÃO CONTANDO TOTALMENTE COM A TRANSPOSIÇÃO, essa obra “temerária”, não concluída, em fase de pré-teste (sabe Deus lá o que é pré teste. Então depois deve vir o teste, para depois, sim, o negócio funcionar). Se fosse um hospital, pense aí: um hospital em pré-teste, atende doentes? Faz internações? E se fosse uma estrada?? Pode transitar ônibus, carro ou só velocípede? É mais ou menos do tamanho de um velocípede a vazão que o governo federal está conseguindo mandar com sua obra inconclusa. Como se não bastasse a pouca água virou caso de polícia. É mais ou menos assim: te dou 1000 reais. Desses 1000 reais você só recebe 500 reais, então eu te denuncio na polícia porque, embora tenhas poder de polícia, não sabe que está sendo roubado (ou finge) – és uma espécie de incapaz – então eu vou em tua própria polícia e denuncio o roubo.
É fácil entender: Um governador formado em Farmácia que governa um estado sem remédio; um secretário de recursos hídricos que também é secretário de meio ambiente, de ciência e tecnologia, de infraestrutura, pelo que chefia o DER, a SUPLAN, a PB-Gás, a CAGEPA, etc, ou seja, um governo sem equipe em que o governador não cofia em ninguém e concentra tudo no João Azevedo que, por ter que assumir tudo não consegue fazer nada bem feito; por fim, a AESA não mão de um político que não se elegeu nem pra deputado estadual e nada tem a gestão de recursos hídricos e coisas similares. Em resumo, meu caro Rubens, esse tal coletivo Girassol tem, no mínimo, que preparar melhor seus integrantes, pois está claro que falta gente preparada, conforme atesta a própria escolha concentrada do Senhor Governador. Mas acho que preparar esse pessoal agora é tarde, a boquinha já tá chegando ao fim e um curso universitário pra esse pessoal, a essa altura, somente seria recomendável se for de DIreito, de preferência de DIreito Administrativo, mas sem descuidar nem do Direito Penal nem Civil: vão precisar em um futuro próximo….
Esses paulistas tipo Temer pensam que no nordeste só tem besta. Vem aqui, inaugura uma obra que ele não fez nem foi capaz de concluir, se apresenta como o herói pra mídia nacional dizendo que terminou a obra salvadora de Campina e região, cinco meses depois seu ministro Barbalho, que também fez discurso na inauguração, divulga nota pra dizer que a obra está em pré-teste (notem o pré, ou seja, né nem teste). Então o que diabo inauguraram??? E esses cara do governo da Paraíba que ficaram atirando pedra no Professor que denunciou isso na época!! Agora tão tendo que aguentar essa de serem incompetentes pra manter no rio a água que os “temerários” dizem que estão entregando na Paraíba em caráter de “pré-teste”. É TRAGICÔMICO. E, pra completar, o Cariri ainda perdeu as barragens que tinha: Porções e Camalaú. É MUITA INCOMPETÊNCIA JUNTA. Ricardo, pega teu pessoal é bota pra estudar na UFPB!!!!!!
É fato: O governo estado não tem no que apostar. É o eixo leste da transposição ou nada. Deus no sabe. Acorda Campina.
Esse professor Sarmento tem muita coragem. Ele vem denunciando desde o começo do ano que esse Eixo Leste foi inaugurado meio capenga. Já o governo do estado sem ter o que fazer pra resolver o problema da água em Campina Grande não teve outra alternativa se não se juntar com Temer naquela inauguração fajuta de março. Tudo por falta de providências. Veja que nem sequer fizeram o saneamento das cidades do vale do Paraíba e deixaram a água do Velho Chico se misturar com o esgoto. Também não fizeram as obras de adequação das barragens de Porções e Camalaú: resultado foi que nós pagamos milhões por esses canais de emergência que terão de ser fechados um dia, quando finalmente criarem vergonha e fizerem as obras de adequação das barragens. E o secretário x-tudo de Ricardo ainda quer ser governador…..
Meu amigo, esse governo está apostando nisso porque não tem nem nunca teve outra alternativa, nenhum Plano B. Todo mundo sabe disso. E já tem o discurso pronto: se a obra do Eixo Leste pifar, como já pifou várias vezes durante esses testes, a culpa eles vão botar no governo federal. O governo Temer que não é besta já tá deixando claro que o Eixo Leste tá em fase de teste. São caras de pau mesmo: assumem desgradamente que o Temer inaugurou um negócio inacabado. O cidadão da Paraíba parece que não conta nessa histórica, se o pior acontecer, é só jogar a culpa um no outro e ponto!!!! Que Deus nos ajude….