Presídio foi debatido em pelo menos duas audiências públicas na Câmara de Bayeux

O prefeito Berg Lima, de Bayeux, decidiu não doar terreno nem autorizar a construção de um presídio federal no município, confirmou há pouco à CBN João Pessoa o coordenador de Comunicação Social da Prefeitura, Nelson Nóbrega.

Segundo o assessor, a decisão de Berg foi tomada com base em manifestações da população, que majoritariamente seria contra o presídio, anunciado há um mês pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça.

O prefeito chegou a colocar uma enquete no portal da Prefeitura para que os usuários de Internet pudessem opinar ‘sim’ ou ‘não’ sobre a construção de um presídio federal, que seria instalado na zona rural do município, com acesso pela BR 101 Norte, sentido Natal-João Pessoa.

Segundo revelou no dia 2 deste mês o agente federal de Execução Penal Felipe Abath, do Depen, em entrevista a ao jornalista Herbert Araújo, da rádio CBN João Pessoa e TV Cabo Branco, o Ministério da Justiça aguardava apenas a doação do terreno para abrir processo de licitação a empresas interessadas na obra.

O presídio, se autorizado, seria concluído em dois anos, proporcionando durante o período de construção emprego direto para mais de 400 pessoas e um investimento de R$ 400 milhões, além de R$ 7 milhões anuais em contratos de fornecedores locais com o Depen.

Opositores do prefeito e até mesmo o governador Ricardo Coutinho promoveram campanha nas redes sociais e na mídia contra o presídio, que deveria contar inicialmente com 250 servidores federais, sendo a maioria de agentes penitenciários.

A oposição ao presídio argumentava que o complexo atrairia para a cidade a presença ou até mesmo a fixação bandidos de alta periculosidade como moradores de Bayeux.