Após um rápido diálogo com policiais federais destacados para desalojá-los, estudantes moradores da Residência Universitária do Campus de João Pessoa encerraram pacificamente na tarde de hoje (12) a ocupação do hall da Reitoria da UFPB.
A PF foi ao Campus I por determinação da Justiça Federal, que ordenou a retirada dos residentes que se encontravam acampados no prédio-sede da administração universitária desde a segunda-feira (8). Alguns alunos, no entanto, após o contato com os policiais, deslocaram-se até a rampa de entrada da Reitoria e de lá começaram a gritar palavras de ordem contra a política de assistência estudantil do atual Reitorado.
A desocupação teria sido solicitada formalmente à Justiça Federal pela Procuradoria Jurídica da Universidade, que expediu mandado à PF para atender ao pedido. Mas, antes da atuação policial que eventualmente exigiria emprego de força, a reitora Margareth Diniz deveria receber representantes estudantis ainda na tarde desta sexta-feira (12) para uma última tentativa de diálogo com vistas a uma saída pacífica.
Após a desocupação, no entanto, o blog recebeu a informação de que a reunião no Gabinete da Reitoria seria apenas entre Margareth e representantes do Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública da União (DPU).
Os alunos que participam da ocupação reivindicam melhorias na assistência estudantil de modo geral e, especificamente, um gerador de energia, comida mais saudável e melhor preparada no Restaurante Universitário e reparos nas instalações dos prédios da Residência.
Os alunos decidiram realizar o protesto após o apagão no Campus I no último final de semana, quando também faltou água na Residência Universitária. A administração da UFPB providenciou ainda na segunda o restabelecimento da energia elétrica e o abastecimento da Residência através de carro-pipa, mas as demais queixas dos residentes ainda não teriam sido atendidas.
Essa é a segunda ocupação de protesto estudantil na Reitoria da UFPB em pouco mais de um ano. No final de fevereiro de 2016, quatro alunos da instituição acorrentaram-se ao corrimão da rampa de entrada do prédio e fizeram greve de fome por dez dias. A manifestação foi encerrado no dia 3 de março, graças à intervenção do Ministério Público Federal (MPF).
- Atualizada às 15h33
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