(Foto: Divulgação)

Um grupo de barraqueiros que comercializam comida e bebida nos festejos juninos de Campina Grande promoveu hoje (9) um protesto no Parque do Povo contra novas regras para comercialização de bebidas e horário de encerramento dos serviços de lanchonetes, bares e restaurantes durante o Maior São João do Mundo.

Segundo informações divulgadas pela CBN João Pessoa, a Aliança, empresa pernambucana contratada para organizar e realizar os festejos juninos campinenses, quer impor aos barraqueiros a compra de bebidas a um único fornecedor.

Além disso, todas as barracas que funcionam dentro do Parque do Povo terão que encerrar o atendimento meia hora depois que acabar o último show. Com isso, preveem que terão dificuldades com os clientes, especialmente aqueles que gostam de permanecer por mais tempo no ambiente da festa.

Ouvido pelo blog, o prefeito Romero Rodrigues disse que vai se reunir com os representantes da Aliança e também ouvir os barraqueiros. Acredita que o diálogo vai dirimir dúvidas, que considera naturais em razão da mudança de perfil na promoção d’O Maior São João do Mundo.

A Aliança foi a empresa escolhida para uma parceria público-privada que nos cálculos do governo municipal acarretará em 2017 uma economia de mais de R$ 3,5 milhões para os cofres públicos, comparando com o que foi gasto pela Prefeitura em anos anteriores.

Romero lembrou que o fornecimento de bebidas sempre foi centralizado pelo patrocinador privado que fabrica as marcas mais consumidas e, em geral, leva a mercadoria até o Parque, facilitando a reposição de estoque por parte dos barraqueiros.

Quanto ao horário determinado pela Aliança, o prefeito acredita que é medida em benefício da segurança. “Em anos anteriores, verificamos que algumas pessoas entram no Parque do Povo durante o dia para trazer armas e guardar em algum local, inclusive debaixo de mesas de barracas. Aí, voltam à noite e passam a portar as armas. Muitas ocorrências resultam disso, porque a revista de quem entra é feita à noite”, explicou.