As últimas chuvas no Litoral podem ter feito muita gente esquecer desse ciclo de seca prolongada, que entra pelo sexto ano consecutivo, na Paraíba. Mesmo com fartura de água na faixa leste, o Estado continua com menos de 13% da reserva hídrica que é capaz de acumular em 126 açudes.
O dado é da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), da última sexta-feira (dia 5). Em três dias (entre quarta e sexta-feira), os açudes receberam um aporte de 2,6 milhões de metros cúbicos. Pode parecer muito, mas percentualmente o acúmulo passou de 12,81% para 12,88%.
‘Inverno’ no Sertão está acabando
A meteorologista Marle Bandeira, da Aesa, lembrou que normalmente o período chuvoso no Litoral, Agreste e Brejo ocorre de abril a julho. Assim, espera-se que muitas águas ainda rolem nessas regiões. No entanto, no Sertão e Curimataú, o período em que mais chove é entre os meses de fevereiro e maio.
“No Sertão, as chuvas foram irregulares e isoladas. Não foram suficientes para encher os açudes maiores, mas já podemos dizer que já são bem melhores do que no ano passado. Em algumas localidades choveu até acima da média; em outras, não atingiram a média histórica”, disse Marle Bandeira.
Segundo dados da Aesa, este mês choveu em quase todas as 269 estações monitoradas pela agência, mas em algumas, como Sousa/São Gonçalo, toda a chuva que caiu não passou de 0,5 milímetro.
Impacto das água do São Francisco
Vale lembrar, ainda, que as águas do Rio São Francisco já estão na Paraíba há mais de um mês, com a conclusão do Eixo Leste da Transposição, que beneficia os açudes de Poções, Camalaú, Epitácio Pessoa, Acauã e Araçagi. Mas, por enquanto, ainda não deu para sentir o impacto dessa obra na reserva hídrica do Estado.
Situação dos 126 açudes monitorados pela Aesa
4 Reservatórios sangrando
35 Reservatórios com mais de 20% do volume total
42 Reservatórios em observação (com menos de 20% do volume total)
46 Reservatórios em situação crítica (com menos de 5% do volume total)
- Andréa Batista
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Uma resposta para Paraíba tem menos de 13% da água que pode acumular
E SEMPRE BOM LEMBRAR, que apesar de a barragem gramamame-mamuaba que abastece a grande J.P. está sangrando, sua capacidade de armazenar água está sendo reduzida. E que, o desmatamento e sobretudo a falta de mata CILIAR que protegeria o rio -gramame e seus afuentes, tem como consequência o assoreamento(aterramento) destes mananciais, reduzindo a capacidade de captação e de de acúmulo DAGUA.
isto, poderá ter consequências desastrosas, no abastecimento DAGUA, para consumo humano, PRINCIPALMENTE.